terça-feira, 27 de novembro de 2012

SÍNDROME COMPULSIVA A ULTRAPASSAGEM (UCS)


Em recente publicação científica, o departamento de Altos Estudos de Driver, da prestigiosa Universidade de Detroit, fez divulgar a descoberta de uma Síndrome que acomete populações inteiras em diversos países do mundo, causando enormes transtornos à circulação das pessoas, problemas de acidentes sérios, muitas vezes, provocando mortes e seqüelas graves.

A descoberta realizada pelo pesquisador, professor Dr. Michael S. Runner e base de sua tese de pós doutorado, como sucede aos cientistas em seus grandes insights, ocorreu em uma viagem de automóvel entre Oslo e Bergen, quando o professou observou que pela estrada os veículos seguiam a indicação de velocidade máxima de 60 Km, todos em fila, sem ouvir-se som de buzinas e nem ultrapassagens. O mestre e sua esposa fizeram uma viagem comparável a um passeio relaxante pelas estradas-jardins da Noruega. A única exceção, durante todo o trajeto, foi ter visto um carro Mercedes Benz com um dístico “D” no pára-choque que passou por eles em alta velocidade.

Aquela sensação agradável por eles experimentada, porém, levantou-lhe uma questão teórica:

“Porque ocorre aos indivíduos na maioria das cidades e estradas do mundo que ao se aproximarem de um veículo a sua frente sentem uma irresistível vontade em ultrapassá-lo?”

Ao retornar de suas férias resolveu apresentar sua questão ao colegiado de professores do Conselho de Pesquisa, e dissertou sobre sua intenção em desenvolver um trabalho que aprofundasse a questão apresentada. Gostaria de conhecer como esta síndrome se apresentava distribuída por faixa etária e gênero. Se há variação significante entre motoristas profissionais e amadores, taxistas e motoboys. E também, estudar se os acidentes com carros, caminhões, ônibus e outros veículos, bem como atropelamentos, têm alguma correlação com o comportamento compulsivo identificado. Todos aplaudiram, mas os colegas se entre olharam e ficaram divididos entre aqueles que achavam que a tese poderia conduzi-lo a um Prêmio Nobel e aqueles, mais pragmáticos que previam cortes nas doações das indústrias para a Universidade.

O professor parece resolvido a avançar em seus estudos e publicou em revista científica seus propósitos de pesquisa. Vamos aguardar pelos resultados.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

POR DEBAIXO DA BURCA


Estes ocidentais não sabem de nada, apenas se chocam por verem-me totalmente coberta de vestes impecavelmente pretas deixando a mostra somente meus olhos. E o que vêm e não percebem: os olhos de uma mulher. Algumas vezes percorrem meu corpo com o olhar de alto abaixo num misto de curiosidade e cobiça. Alguns se chocam ao observarem meus olhos cuidadosamente pintados com contornos fortes, meus olhos negros e brilhantes, minhas sobrancelhas rigorosamente delineadas em contornos suaves, e meu olhar firme e seguro. Quem serei?

Minhas bolsas elegantes, a barra da minha calça jeans desbotada à mostra quando caminho pelas ruas com meus tênis new balance, os intrigam ainda mais, não sabem de nada... Em suas mentes pensam-me dominada por homem perverso com seu harém. Acham-me coitada, indefesa, explorada e incapaz de reagir. Nem lhes passa pela cabeça que sou mulher por inteiro, que ao inverso do que pensam, nossos homens nos querem suas mulheres e nós os queremos nossos homens e eles gostam do nosso jeito de ser, de nossas manhas e charmes.

Eles morrem de medo de nos perder e adoram que nos escondamos dentro de nossas burcas só para eles. Assim nós os ganhamos e eles são nossos porque sabem que nossa pele protegida do Sol é suave como são os tapetes onde nos aconchegamos.

Esses ocidentais se perguntam o que haverá embaixo destas burcas. Pois é, vão ficar perguntando, hahahahahaha!!!!!!

domingo, 30 de setembro de 2012

ENTRE GATOS, MINARETES, BURCAS E PROLES



Viajar por estas bandas da Turquia e do Oriente Médio onde a maioria da população é muçulmana faz-nos rapidamente acostumar a ouvir o chamamento às orações realizado pelos almuadens, com seus alto falantes em volume elevado. Não há um conjunto de casas que não tenha uma Mesquita, estas dominam a paisagem das cidades e dos campos. Em Istambul dizem que há mais mil mesquitas. Ao invés de igrejas com suas torres e cruzes, vemos mesquitas com minaretes e com crescentes. No lugar do som dos sinos ouve-se o estridente anúncio das rezas, cinco vezes ao dia, começando antes do raiar do Sol. Por estas bandas, a Cruz Vermelha chama-se Crescente Vermelho.

A maioria das mulheres veste-se segundo o padrão de que os braços, pernas e cabeça devem estar sempre cobertos. As mais jovens em grande parte usam vestes negras e várias usam burka, ficando à mostra apenas os olhos, impecavelmente maquiados com sobrancelhas cuidadas. Se ainda fossem freiras...

Ao contrário, a população islâmica cresce para gáudio dos imãs e suas mesquitas. Os pais, homens sérios, com mulheres usando burka e uma escadinha de crianças. “Crescei e multiplicai-vos e dominai a Terra”. Não são apenas os árabes e israelitas que agem assim, como pudemos constatar na Jordânia, Líbano e Israel. Os turcos também.

Quem parece querer competir com os humanos são os gatos. Nunca vimos tantos gatos pelas ruas, avenidas, restaurantes, bares, lojas, em todo lugar. Quase sempre bem cuidados, os gatos turcos são gordinhos e saudáveis. O mesmo não podemos dizer dos gatos da Jordânia, sempre esquálidos e magricelas.

Não vimos churrasquinho de gato, apenas castanhas torradas e milhos assados.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

BEIRUTE - DA GUERRA À PAZ

De repente, estávamos à vontade, os motoristas fazendo bandalhas de deixar complexado qualquer motorista de taxi do Rio de Janeiro, as ultrapassagens de todos os modos, contramão é uma mera formalidade e os sinais vermelhos são apenas decorativos. Esta é Beirute cheia de carros de luxo, onde se assiste Ferraris vermelhas circulando entre Mercedes, Maserattis, Audis, Porches e sei mais lá o quê.

Como na Jordânia e na Turquia os investimentos imobiliários a todo vapor. Parece que estamos na era da construção civil. Peço socorro, por favor, chamem arquitetos, urbanistas, ambientalistas, engenheiros e artistas plásticos depressa, porque só querem construir em todo lugar sem pensar em mais nada. O horror se espalha por todos os cantos do planeta, querem colocar toda a humanidade dentro de caixotes de cimento. Help!

A cidade ainda mostra as marcas das batalhas de rua havidas na guerra civil entre cristãos e muçulmanos durante os anos setenta e oitenta do século passado. Veem-se muitas marcas de tiros em edifícios públicos e particulares; muitos prédios semidestruídos e abandonados. Morreram cerca de 250 mil pessoas. A maioria dos sobreviventes chora até hoje a morte de amigos, colegas ou familiares. Inacreditável que o Líbano um país de alto nível cultural tenha passado recentemente por tais horrores. Ainda persiste em muitos o receio de visitar o país por causa da memória desta guerra fratricida.

O centro de Beirute, em tudo chic, permanece quase vazio de turistas, sobretudo nestes tempos de lutas sangrentas no país vizinho, a Síria. Beirute, a cidade capital do Líbano, um dia chamado de Suíça do Oriente Médio, hoje se encontra em meio a um processo de reconstrução, cujo dinamismo começa a deixar para trás o sofrimento daqueles anos de pesadelo.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

FRONTEIRAS ENTRE POVOS


De repente durante nossa viagem a Petra surgiu uma oportunidade de fazer uma excursão de um dia à Jerusalém. Deveríamos acordar às cinco e meia da manhã e chegaríamos de volta ao hotel às nove da noite. Em um dia conheceríamos a cidade que é alvo de disputa entre islâmicos, judeus e cristãos, que desde 1967 está sob controle do estado de Israel. O território berço das principais religiões monoteístas que se tornou palco de disputas nada religiosas, onde se respira o ar da convivência forçada e nem um pouco solidária entre semelhantes.

Espaço de separações e discriminação. Logo, ao chegarmos à fronteira israelense uma das pessoas que estava na excursão, natural de Bilbao, com passaporte espanhol, foi apartado do grupo para investigação adicional. Sabe como é, né, o cara é Basco, vai que... Será isso um sinal de discriminação? Na volta aconteceu a mesma coisa com nossa guia que apesar de ter carteira de identidade israelense, foi apartada por mais de vinte minutos, por ser costa-riquenha, de pai árabe, casada com árabe nascido em Jerusalém. Parece que isto faz parte da rotina e já é considerado “normal”.

Chama a atenção casais tradicionalistas de ambas as partes estarem acompanhados de várias crianças em escadinha. Querem muitas crianças para garantir suas tribos. A guia nos explicou ainda que se duas pessoas de religiões diferentes quiserem se casar, têm de ir ao exterior, pois não permitem casamentos mistos. Vai que a miscigenação acabe com a loucura milenar.

Mas, Jerusalém é muito mais que isto, afinal é um patrimônio histórico da humanidade, que possui milhares de anos que abriga ruínas e achados arqueológicos misturados a muitas lendas e papos-furados vendidos aos turistas que de todo mundo acorrem para ela a fim de visitar a Terra Santa. Há muita fé na face de muitas pessoas que vão para Jerusalém visitar os lugares que reforçam suas crenças e animam suas espiritualidades. Observam-se também atitudes de afirmação e disputa entre grupos. Não se pode, por exemplo, atualmente, visitar a mesquita central da cidade - Al Aqsa - devido a conflitos recentes entre judeus e muçulmanos. Pelo jeito predomina a doutrina da tolerância zero. Lamentável.

Uma visita a Jerusalém merece vários dias e deve-se evitar excursões do tipo “day trip”, que é muito cansativa e termina por não permitir que se visite com calma os diferentes lugares, e que se possa conhecer melhor tanto a cidade antiga quanto a moderna (atual), assim como as pessoas que lá vivem.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

MOSCAS NO DESERTO

Até agora não vimos uma gota de chuva. Tudo, tudo muito árido. Porém, moscas sim, estas sempre a nos acompanhar, a importunar. Não tenho explicação, talvez, os dromedários e camelos possam dizer alguma coisa. Olha não se assustem, afinal não são tantas assim, apenas algumas muito chatas.

O interior da Jordânia tem a mostrar Petra, que realmente é muito bonita, pois além de seu significado histórico, apresenta um ambiente natural, onde o vento e as chuvas esculpiram as formas mais diversas e de modo exuberante, permitindo ao visitante boquiaberto viagens pela imaginação. Petra é um sítio arqueológico que abrigou os Nabateos, cujos túmulos grandiosos compõem com o cenário natural uma das principais atrações turísticas da Região e que atrai milhares de pessoas todos os anos.

Um passeio ao mar Morto, com seus spas e balneários para aproveitar a fama curativa de suas águas e terras é programa quase obrigatório a quem viaja para cá. O mar Morto deveria se chamar mar Salmoura devido à quantidade absurda de concentração de sal em suas águas. Efetivamente é impossível afundar nelas, apenas boia-se. Marquei bobeira e mergulhei. Saí cego das águas, com os olhos ardendo e gosto amargo na boca: desesperante! O mar é morto porque não há seres vivos nele, nem bacalhau.

Chama muita atenção a quem visita a Jordânia atual o ritmo das construções que se espalham por todo o país: estradas, viadutos, casas e edifícios: é um país em obras. Foi-nos dito que há atualmente um enorme movimento de capitais voltados aos empreendimentos imobiliários e a decorrente especulação nos preços de casas e apartamentos. Há uma enorme mudança na paisagem arquitetônica das cidades, em particular na capital Amã: uma cidade de aspecto ocidental, dito moderno. A presença de mesquitas por todos os cantos e a maneira de vestir da mulher mulçumana, com seus lenços a cobrir as cabeças e seus longos vestidos pretos, é que nos faz sentir no Oriente Médio, de predominante tradição árabe.

Antes de viajar ouvimos muitos comentários de que só pirados viajam para cá. Em estando aqui, o dia à dia das cidades é muito calmo e pode-se passear em segurança, até porque os tanques e militares armados que não apresentam expressão tensa fazem a proteção das estradas e ruas das cidades.

É um povo cordial que tem uma culinária especial e que sabem muito bem a arte de cozinhar: deviam exportar “chefs” para todos os cantos.

domingo, 2 de setembro de 2012

CHEGANDO À JORDÂNIA


Hoje de manhã passeamos pelo centro de Amã, capital da Jordânia, cidade de cor clara, pois todas as construções são revestidas por uma pedra local de cor areia ou bege claro. Trata-se de obrigação legal, estabelecida pela prefeitura da cidade.

Quem conhece o Saara no Rio de Janeiro, com sua variedade de tendinhas, lojas e todos os tipos de produtos à venda vai entender o que vou escrever: O centro de Amã é um Saara multiplicado por não sei quantas vezes, com a diferença que as mulheres com seus quadris largos vestem roupas longas, frequentemente de cor preta, e têm a cabeça coberta por lenços, estes de cores variadas. As burcas, escondendo o rosto, deixando apenas os olhos (sempre maquiados) à mostra, estavam sendo usadas por raras mulheres, que provavelmente têm maridos muito ciumentos o que atiça ainda mais a curiosidade.

Amã, a primeira vista é uma cidade afável, porém de cara tradicionalista. Amanhã, dia 03 de setembro vamos à Petra. O roteiro passa por Madaba, Nebo, Kerak. Em Madaba, região produtora de vinhos, visitaremos a igreja ortodoxa de São Jorge, onde se encontra o primeiro mapa mosaico da Palestina; em continuação iremos ao monte Nebo para admirar a vista panorâmica do vale do Jordão e do Mar Morto, após vamos a Kerak visitar uma fortaleza das Cruzadas e depois chegaremos a Petra, onde pernoitaremos. Depois contaremos a visita a Petra.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

OS CARROS EM CUBA MOSTRAM VÁRIOS MOMENTOS DA VIDA DO PAÍS

Aos aficionados por automóveis antigos, as cidades cubanas formam um verdadeiro museu vivo. Os carros circulam pelas vias como se estivéssemos em um cenário de filmes da era de ouro de Hollywood. Mas não é passado é presente. Passear em um carro rabo de peixe de duas cores conversível, de capota arreada, pelo Malecón (avenida à beira mar de Havana), nos transporta às telas dos sonhos caribenhos.

Mergulha-se em três épocas automobilísticas: a anterior à Revolução, com a predominância de veículos, Ford, Chevrolet, Plymouth e muitas outras marcas, vários de luxo. Uma segunda fase, a do período soviético, onde restam apenas os Ladas (como os do período Collor). Uma terceira fase, que é a atual, onde se vêem os carrões novos asiáticos e europeus: Hyundai, Kya, Audi e outros.

Na parte de transporte público é que temos mais surpresas, ao lado de um pequeno número de ônibus, os mais novos, sendo chineses, há charretes puxadas por cavalos, triciclos pedalados por homens, triciclos motorizados em carrocerias no formato de cocos. Vimos também, em Santiago de Cuba, muitos caminhões que fazem linhas regulares de transporte de passageiros, como aqueles utilizados no meio rural da cana de açúcar, mas para transporte de gente na cidade. É o que causa maior surpresa para nós: caminhões substituindo ônibus no transporte de passageiros.

No geral o sistema de transporte público não parece ser muito eficiente, mas observa-se o instituto da carona como algo praticado pela maioria dos cubanos que tem carros. Isto é agradável de ver. Os carros antigos mais detonados são também utilizados como lotações, e também utilitários como Rural Willys, e camionetes; os mais conservados são usados na indústria do turismo para aluguel e passeios.

Destacam-se também na paisagem do transporte, muitas motos novas e ônibus de turismo, estes bastante confortáveis, com ar condicionado e tudo mais. A infra-estrutura turística é comparável a de todos os lugares que já visitamos.

Enfim, os carros americanos glamurosos dos anos quarenta e cinqüenta compõem um pano de fundo da vida das cidades, pré e pós revolução; já a presença das marcas e modelos atuais sugerem sinais de mudança em curso. As carroças fazem lembrar o período colonial espanhol e os Ladas, fazem lembrar, deixa pra lá.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

CUBA – UM PAÍS SOCIALISTA – SOBRE O FIO DA NAVALHA


Para nós que viemos de um paraíso capitalista visitar a Ilha da revolução socialista chega a ser até engraçado observá-la para além dos lugares comuns a que estamos acostumados. Como um povo vive em meio a prédios caindo aos pedaços e ostenta sorrisos nos lábios? Como podem viver sem poder comprar automóveis bacanas e outros milhares de produtos de consumo? Numa sociedade sem classes, onde não há ricaços, como podem morar em meio às maravilhas arquitetônicas de antes da revolução (1959) e hoje em sua maioria mal conservadas (a menos que se tornem museus ou prédios de interesse público)? Como podem viver em segurança?
A sociedade cubana se orgulha de seu nível educacional e de saúde e hoje passado o período imediatamente posterior a queda do sistema soviético - quando sofreram inclusive fome e desabastecimento - se vêem forçados a adotar medidas de abertura a propriedade e aos negócios privados. Temem que estas pequenas aberturas acabem por destruir o socialismo e o sentimento revolucionário sucumba definitivamente aos apelos da ideologia individualista e do consumo.

Estão sobre o fio da navalha, como nos disse uma pessoa que conhecemos em Cuba, comprometida com os ideais socialistas e pessoalmente pessimista em relação às possibilidades de continuação da revolução cubana, conforme sua proposta original.


Respira-se um ambiente de mudança. Não se sabe se os cubanos conseguirão ser autores de seu próprio destino e escrever de forma original mais uma etapa de sua história. Se conseguirão fazer uma abertura econômica sem perder suas conquistas sociais e políticas.

domingo, 29 de janeiro de 2012

CUBA - QUE LO DESFRUTEM

Em praticamente todos os bares e restaurantes de Havana, quando alguém lhe serve algo para beber ou comer conclui com votos para desfrute do momento: seja um mojito (rum com hortelã amassada, sumo de limão, água com gás, angustura e gelo), uma cerveja Bucanero ou Cristal, ou ainda, qualquer coisa para comer.

La Habana é hoje uma cidade super turística, com muita gente de todos os cantos do mundo, onde se come bem e ouve-se boa música. As obras de restauração dos prédios iniciadas a partir de 1982, quando foi declarada como parte do Patrimônio Histórico da Humanidade, pela UNESCO, já mostra uma cidade cheia de charme, onde se sobressai um ambiente musical em todas as horas; pelo jeito os planejadores governamentais incluíram no padrão de todos os bares e restaurantes a exigência de música ao vivo. Cuba tem hoje muito mais que o Buena Vista Social Club, embora continuem faturando o sucesso do filme. Há muitos jovens, entre os quais várias mulheres, tocando instrumentos de orquestra nos quartetos que se apresentam em todos os lugares. É sem dúvida uma das cidades mais musicais da atualidade. A “Cidade Vieja” é um show permanente.
E a Havana caindo aos pedaços de que tanto falam? Continua por toda a parte, dá pena de ver, fachadas mal conservadas, vidros quebrados, um horror, parecidas com a cidade histórica de São Luiz do Maranhão, partes da Lapa e do bairro de Fátima no Rio de Janeiro, certas periferias. Uma tristeza.
A gente cubana é desestressada e cordial, que vive em ritmo quase baiano: a exceção de alguns simpáticos chatos que acham que podem abordar as pessoas para pedir umas moedas ou vender- “cubanos”, charutos autenticamente falsificados.
Porém, apesar de ser hoje uma cidade bastante turística, a utilização de cartões de crédito ainda é muito reduzida, a internet é prá lá de lenta e pouco disponível o que torna necessário que os visitantes tragam boa quantidade de moedas conversíveis, (o euro é a mais usada,pois há uma taxa extra para o dólar americano). Os Cartões de Débito não são utilizáveis por estas bandas. Saques, só no cartão de crédito VISA ou Mastecard.
Percebe-se logo ao chegar ao aeroporto de Havana que seus “fingers” não têm o costumeiro patrocínio do HSBC, o que desde logo indica alguma coisa. O melhor é grana viva, cujo câmbio é fácil de fazer e é tabelado.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

VIAGEM A CUBA – ROTEIRO

Depois de fuçar guias turísticos e vários sites na Internet, além de conversar com uns e outros que estiveram por lá, resolvemos numa primeira viagem privilegiar as duas principais cidades do país para nos aproximar de sua história, arquitetura, sua gente e sua música. As maiores cidades de Cuba são: Havana e Santiago de Cuba. Havana – fundada em 1519 – soma mais de 2,4 milhões de habitantes e Santiago – de 1514 - com aproximadamente 500 mil.


Iremos também conhecer um paraíso ecológico, Cayo Largo Del Sur, local destinado a receber turistas que gostam de mar, passear pela areia e observar os peixinhos coloridos e as tartarugas marinhas.


Programação:


26/01/2012 – Chegada em Havana
31/01/2012 – Santiago de Cuba
05/02/2012 – Cayo Largo Del Sur
12/02/2012 – Retorno ao Rio de Janeiro

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Providências para programar uma viagem a Cuba

1. Entrar em contato com a Bernadete ( 14bisiju@terra.com.br ), nossa agente de viagens para começar o assunto.


2. Comprar o Guia “CUBA” publicado pela Folha.


3. Fuçar na Internet:


• Site oficial de Cuba: www.cuba.cu (com direito a leitura das reflexões de Fidel de Castro – artigos publicados por el comandante)


• Site oficial de turismo: www.cubatravel.cu


• Wikipédia, para uma visão geral sobre a Ilha.


• Blog: Generacion Y, de Yoani Sánchez www.desdecuba.com/generaciony_pt/ daquela blogueira rebelde que ganhou projeção.


• Novos lugares para comer: os “paladares” restaurantes pequenos, nas casas dos cubanos. (O nome paladares é inspirado na novela dos anos 90 – Vale Tudo)


• Informar-se sobre as duas moedas (CUC) que há em Cuba (uma para a economia interna – peso local e outra para a relação com quem visita a Ilha –peso conversível). É melhor portar Euros, porque o Dólar americano sofre uma taxa de 15%. Banco Central: www.bc.gov.cu



• Para quem viaja a partir do Rio de Janeiro as opções de empresa aérea são: COPA Airlines (escala na cidade do Panamá) e TACA (escala na cidade de Lima).