segunda-feira, 19 de outubro de 2009

PONTES COBERTAS E FOLHAS VERMELHAS

O filme “As Pontes de Madison”, além de ser um clássico do cinema americano, desperta em muitas pessoas que o assistiram a vontade de conhece-las in loco. Há nos Estados Unidos em vários estados muitas destas pontes antigas feitas em madeira e cobertas com telhados.

Estas pontes construídas no meio rural, parecem que foram cobertas para durar mais e também facilitar a passagem do gado, se tornaram atração turística em vários pontos do país. Somente no estado de Vermont há cerca de sessenta delas.

Em Woodstock, um pequeno e belo município deste estado a meio caminho entre Montreal e Boston podem ser vistas algumas delas. Basta pegar um mapa turístico e lá estão ao lado de outras atrações. Ao visitá-las no outono se passa em estradas ladeadas por árvores com folhas de diversas tonalidades em amarelo e alaranjado.

As folhas caídas forram todos os lugares e compõem um cenário deslumbrante, difícil de ser descrito, no qual até as fotografias não conseguem passar a maravilhosa peça que se contempla. A neve não tardará a cair. Já se vê, ao amanhecer, os campos e os parabrisas cobertos de gelo.


Ao procurar visitar as pontes cobertas o viajante será levado a percorrer pequenas estradas e, ao passar por elas, contemplar o show do outono e também as fazendolas com suas belas casas e gramados. E nestes lugares terá a oportunidade de observar um pouco da vida do interior; recantos aonde muita gente busca o descanso relaxante das caminhadas nas serras.


Para consulta:

http://www.vermontvacation.com/ e http://www.vtattractions.org/




QUEBEC – A França na América

Por estas bandas é comum as cidades adotarem frases como lemas. O da cidade de Quebec: “Je me soviens”, provoca nos turistas a dúvida de qual é o seu significado. O que eles querem dizer com: “Eu me lembro”? Um habitante da cidade nos disse que é uma mensagem a todos para que não se esqueçam de suas origens e valores culturais; não percam sua identidade.

Nesta época do ano a maioria dos turistas que vêm ao Canadá é para apreciar o outono e suas folhas vermelhas, que podem ser vistas nos parques, estradas, ruas e praças. Todos ficam maravilhados com as árvores que formam paisagens que lembram pinturas de Van Gogh. O campo e a cidade neste momento se fundem num jardim único.

Mas é muito bom caminhar pela cidade velha. Apreciar as casas construídas em pedra, o estado de conservação das ruas, o carinho com que estão sendo cuidadas. A cidade parece acolher bem a seus visitantes, sem muita pressa oferece-lhe a beleza de sua arquitetura e seus cafés e restaurantes para se fugir do frio e encontrar o calor da gastronomia loal.

Os franceses que tanto tentaram constituir colônias na América como as incursões no Rio de Janeiro, Salvador, São Luís do Maranhão, Guiana e Haiti, somente conseguiram pleno êxito no Quebec. Quem pensa visitar este país não deve deixar de incluir uma visita a esta cidade cheia de charme.


Je me souviens.

Dicas de Quebec:


restaurante:

-Le Saint Amour: 48, Rue Saint-Ursule – Fone (418) 694.0667

-Hotel Champlain – Vieux Quebec – 115, rue Sainte-Anne - Fone: (418) 694.0106 www.champlainhotel.com

Dicas de Montreal:


Restaurantes :

- Chez L’Epicier – restaurante do chef Laurent Godbout - 311, rue St-Paul Est –

Fone: (514) 878.2232 www.chezlepicier.com

- Stach Café -restaurante polones – 200, St Paul, Vieux Montreal, Fone: (514) 845.6611

Música :


- Jazz Club Diese Onze – 415-A, rue St-Denis , 514 - Fone: (514) 223.3543

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

CAMINHANDO NA CHUVA

O inverno nem chegou e a temperatura só faz baixar. O Weather Channel tem previsto a possibilidade de neve. Houve um dia até que caíram, junto com a chuva, uns floquinhos paraguaios. Nós, como bons brazucas, parecemos seres extraterrestres em uniformes de astronautas. Em todas as saídas às ruas dá-lhe luvas, gorros, casacos e blusas, sem contar cuecões e camisetas de manga comprida. Mas com uma certeza na mente: o frio não nos derrotará jamais.

Alguns jovens por aqui são metidos a valentões e por vezes vê-se algum em mangas de camisa; algumas garotas de mini-saias e sandálias parecem que estão indo à praia. Nota-se que são inexperientes. Os velhinhos e velhinhas já mais precavidos, quando saem para ir algum lugar estão sempre super agasalhados.

De botina e guarda-chuva parecendo agentes da KGB caminhamos pelas ruas e parques destas cidades. As folhas das árvores começam a nos explicar o porquê delas terem conseguido um lugar bem ao centro da bandeira do Canadá. Elas se mostram deslumbrantes em milhares e milhares de tonalidades das famílias de cores de vermelho, alaranjado, amarelo e maravilha. O outono, que antecede a estação das neves, dos dias que são noites na maior parte do tempo, motra-se generosamente colorido como a dizer que vale a pena esperar para ver os shows da natureza.


Passear por uma alameda acarpetada e multicolorida, a observar os pinheiros verdes ladeados por árvores que estão, como num desfile de fantasias, a exibir os brilhos, as plumas e paetês, num espetáculo no qual a mente faz-se leve e zen, acaba por aquecer a alma e entender os jovens.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

MIL ILHAS

Uma viagem entre Toronto e Otawa, por rodovia, tem quatrocentos quilômetros em estrada de duas pistas, praticamente uma reta só, equivalente a distancia entre Rio e São Paulo.

A meio caminho encontra-se Gananoque, uma cidade à beira do Rio São Lourenço, onde se pode pegar um barco para passear entre algumas das chamadas “mil ilhas” que se espalham ao longo do rio. Ao chegarmos ao embarcadouro ainda pudemos ver desencostar do pier, lentamente, aquele que seria o nosso lindo passeio. Chovia pra nenhum agricultor botar defeito.

Fomos então agraciados com a informação que haveria outra partida, uma hora mais tarde, e assim poderíamos ainda almoçar antes do próximo passeio. Que alívio!

Foi um giro rápido de apenas sessenta minutos, mas o suficiente para curtir o início das cores do outono canadense. As pequenas ilhas, cada uma com uma casa bem cuidada, formam como que um grande condomínio aquático ajardinado com espécies vegetais, cujas folhas, principalmente de “maples”, nesta época do ano adquirem tonalidades que enchem os olhos.


A navegação pelo rio São Lourenço que, em um certo trecho, delimita a fronteira entre o Canadá e os Estados Unidos, nos pareceu programa turístico pra lá de metro. Só tomamos um pequeno aperitivo, mas o suficiente para perceber que se trata de área de beleza natural privilegiada e com muitas casas para veraneio sofisticadas.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

CATARATAS DE NIAGARA

O GPS tornou totalmente obsoletos os mapas rodoviários. Bastou colocar, em Washington, o endereço do hotel em Niagara Falls e a “Maria” nos conduziu por ruas, avenidas e estradas por mais de setecentos quilómetros, impecavelmente. Os mapas servem hoje apenas para os estrategistas definirem seus planos de exploração e viagens turísticas.

O lado americano das Cataratas estava de fazer dó, parecendo balneário fora de temporada. Chovia a beça, as ruas desertas e inúmeras placas de imóveis para alugar ou vender, afinal estamos no início do outono por estas bandas.

Já o lado canadense, que tem vista das cachoeiras mais ampla e mais bonita, tem também uma estrutura mais sofisticada e ativa, com bastante gente circulando e passeando por seus jardins. Há também uma bela torre belvedere que permite ver a exuberância e a força das águas.

Ao voltar de carro de um restaurante à noite (esquecemos de levar o GPS) nos perdemos e fomos parados pela polícia. Incrível né! Eles só queriam nos ajudar. E nos conduziram até um porto seguro. Quem não está acostumado estranha...


Em tempo, não dá para comparar as Cataratas de Niagara com as de Foz do Iguaçú.

sábado, 3 de outubro de 2009

WASHINGTON


É uma cidade, esta capital dos Estados Unidos! Quem pensar em visitá-la pela primeira vez deve reservar pelo menos uma semana, para dar uma espiada nos museus e monumentos e também passear pelos jardins e alguns de seus bairros. Quem, como nós, ficar três dias, levará a vontade de voltar.

Entre os diversos museus de Washington, há um muito diferente dos tradicionais é o Newseum. É incrível: totalmente dedicado às notícias, acompanha as primeiras páginas de uma gama enorme de jornais, todo os dias, e de forma interativa permite acesso às notícias veiculadas por mídia impressa, de televisão e reportagens, de várias épocas. Prepara e organiza informações que servirão de base às pesquisas históricas do futuro. Pode-se ver material da Segunda Guerra Mundial e também dos dias atuais. Uma grande idéia, primorosamente executada. O Newseum é imperdível. Pode-se passar horas dentro dele viajando pela história recente.

Uma cidade de trabalho, onde se vê muitas pessoas vestidas com seus ternos e terninhos muito elegantes; respira-se o ar de uma capital administrativa e que abriga também instituições internacionais. Ao mesmo tempo, pode-se ir a Georgetown, um bairro próximo ao centro, onde se pode ouvir um bom jazz e também frequentar bons restaurantes, uma vila madalena.


Por ser plana ela nos convida a caminhar e ir descobrindo aos poucos suas inúmeras atrações. Dá vontade de voltar para continuar as descobertas.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

PHILADELPHIA


Chegamos a Philadelphia à meia-noite, exaustos, afinal estávamos acordados desde as duas horas da manhã, tínhamos enfrentado aeroportos e congestionamentos. Finalmente aportamos no hotel e uma surpresa nos estava reservada: no país do anti-tabagismo tivemos que encarar um quarto para fumantes onde até as lâmpadas exalavam o cheiro readormecido de cigarro, pior que fim de noite em boate, nos anos sessenta.

Ao ressuscitarmos no dia seguinte, encontramos um dia ensolarado. O hotel situava-se ao lado do bairro chinês e por coincidência naquele momento estavam sendo erguidas as barracas da festa anual do Chinatown. Uma grande quermesse, um palco, música e danças com leques e quimonos de seda coloridos.

Fomos visitar os principais lugares onde se realizaram as reuniões que culminaram com a Declaração de Independência Americana. Onde se forjou a base da maior potência econômica e militar do séc. XX. Lugares simples, sem grandes monumentos, poucos edifícios originais, onde os imigrantes proclamaram o seu não à pátria colonial.

A Philadelphia dos dias atuais é uma cidade com edifícios arrojados, com suas peles de vidros espelhados que refletem o histórico e o novo. É uma referência da memória nacional americana. Tem um parque maravilhoso, que se estende à beira do Rio Delaware, onde esportistas caminhavam e corriam numa manhã de domingo sem se importar com a chuva fina e a temperatura que começava a cair nesta época do ano.


Quem vem aos Estados Unidos pela primeira vez, deve começar por esta cidade onde as treze colônias de povoamento se juntaram para formar um país, que deu no que deu.

sábado, 26 de setembro de 2009

CHEGANDO NOS ESTADOS UNIDOS

Viajamos em vôo diurno do Rio de Janeiro para Nova Iorque. A viagem superou as expectativas; pontualmente as 6:05 h. da manhã decolamos do aeroporto Tom Jobim para São Paulo e às 8:30 h. para os States. Vôo de brigadeiro, onde pudemos inclusive tirar um pouco do atraso do sono.

Chegamos a NY às 17:45 h. no aeroporto JFK. Fizemos uma boa caminhada até o setor de imigração e aduana, onde tudo transcorreu como de hábito: uma pequena fila e os procedimentos burocráticos que agora incluem foto e leitura eletrônica das impressões digitais de todos os dedos das mãos, sem sujá-los, do jeitinho que foram previstos em livros e filmes de ficção científica. Tudo realizado de maneira muito civilizada.

A seguir fomos pegar o carro que havíamos alugado. Para chegar a locadora tomamos um trem dentro do próprio terminal 4 (são oito os terminais no aeroporto John F. Kennedy) e rapidamente estávamos sentados ao volante de um carrão coreano. Montamos o GPS e pé na tábua para a cidade de Filadélfia. O Sol já se punha e ainda teríamos duas horas de estrada pela frente. Isto é, se não fosse sexta-feira à noite. Santa ingenuidade, parecia um misto de Avenida Brasil e Marginal do Tietê, com trechos de até sete pistas. E para melhorar, lá pelas tantas, a nossa estrada ficou interditada pela polícia.

Não passava mais ninguém.

Qual a solução?

Ora pois, fomos jantar num restaurante turco, ó pá!


Depois? ah! depois eu conto....

sábado, 20 de junho de 2009

SÃO LUÍS DO MARANHÃO

Cidade fundada em 1612 pelo francês Daniel de la Touche, senhor de la Ravardière, em homenagem ao rei de França, São Luís é paradoxalmente uma das mais lusitanas da cidades brasileiras. Local para atuação de uma das maiores figuras de seu tempo o jesuíta Padre Antonio Vieira, que nela proferiu alguns de seus mais expressivos sermões, A cidade no período colonial foi alvo de disputas entre nações européias, franceses e holandeses quiseram fazer dela base de suas incursões pelo Novo Mundo. Recebeu também anos depois o Marquês de Pombal interessado na preservação do norte da colônia Brasil em mãos portuguesas.

Esta São Luís hoje se divide ao meio. Duas cidades e um só nome separados pelo Rio Anil e pelo tempo.

A velha cidade, chamada também de Centro Histórico, da pena de ver. Suas outrora suntuosas casas antigas, em mau estado de conservação, muitas caindo aos pedaços, procuram manter algum charme. A presença do Palácio do Governo não inspira maior esperança e a antiga Catedral da Sé, sempre vazia com um ou dois pedintes à porta compõem um cenário desolador, de decadência e falta de perspectiva. Neste lado moram a maioria dos pobres e sobrevive do pequeno comércio.

A nova, edificada ha trinta e oito anos tem o aspecto das cidades recentes, onde se repetem as grifes das lojas e lanchonetes de outras tantas parecidas. Há vários lançamentos imobiliários anunciando a venda de enormes torres de apartamentos luxosos, propondo um conforto que, ao que parece, o velho centro não pode mais oferecer. Nesta parte moram a classe média e os ricos e ficam os shoppings centers e o grande comércio.

Ambas, a velha e a nova, ligam-se por pontes, uma das quais, a principal, se chama Presidente José Sarney em homenagem a um político local que chegou por acaso à presidência da república e que tem a mania de botar o seu nome e os da sua família em tudo quanto é coisa por aqui.

Mas nem tudo é tristeza. Quando vier para cá escolha o mês de junho, principalmente a segunda quinzena. A antiga São Luís vive em festa, em seus terreiros e quadras: é o bumba boi, o forró de pé de serra, o tambor de criola e de mina, os batuques, e as comidinhas vendidas em barracas como se fosse uma grande quermesse. A cidade velha que normalmente é deserta durante a noite anima-se como num carnaval.

Para quem viaja uma semana de férias é tempo demais.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

SARNEY METIDO A REI


Inacreditável! Uma boa notícia no Maranhão!


O Convento das Mercês será devolvido ao Patrimônio Histórico da União.

É que a Fundação José Sarney havia recebido em doação para sua instalação simplesmente o mais bonito e importante prédio representativo da Memória Histórica do Estado do Maranhão. Simplesmente o edifício que ouviu alguns dos mais importantes sermões do Padre Antonio Vieira e que mantinha uma pequena exposição em sua homenagem.

Pois não é, que o José Sarney resolveu em culto a sua personalidade construir em vida um museu para si e se apossar do Convento! Reescrever a “história do Brasil” em função de sua imagem, com uma galeria de fotos dos presidentes brasileiros, só para estar incluído entre eles. Criou um deboche de museu, onde sua foto e de sua família aparecem a cada centímetro quadrado sob a as mais diferentes formas de caricaturas, quadros e fotos. Um baixo nível de dar enjoo.

Se o cara gosta mesmo é de ser rei e Roseana a princesa regente, taí o Carnaval, para isso mesmo: compra uma fantasia e bota uma coroa de lata.


Falta-lhe senso do rídiculo e sobra-lhe ganância e falta de escrúpulos.

Não se apercebe que toda a gente por aqui não lhe tem o menor respeito. Não há com quem se converse que não faça troça de suas aprontações.

Mas a Justiça desta vez acertou e recuperou o Convento para a União. Esperamos que seja para valer.

XÔ! XÔ!

segunda-feira, 15 de junho de 2009

ROLANDO NOS LENÇÓIS MARANHENSES

Nunca tinha pilotado um quadriciclo. Tive um curso de mais ou menos dois minutos e saí dirigindo um híbrido de moto e carro, por sinal bem confortável.
Saímos às 9:30 h. e chegamos de volta às 18:00 h. Um dos passeios mais fantásticos que já fizemos.

Na ida, sob intensa chuva, atravessamos trilhas enlameadas, entrando em pequenas crateras alagadas, nem sempre tão pequenas. Foi aí que aprendemos que estes veículos também flutuam, quando é preciso tirá-los de alguma situação de atolamento. Um esporte radical suave recomendável, até certo ponto, para adolescentes da terceira idade.

Após percorrermos algumas trilhas por cerca de uma hora chegamos as franjas dos lençóis e ao subirmos a primeira duna descortinamos uma paisagem chocante. Era só o início do que iríamos desfrutar por todo o dia. Correndo pelas areias firmes das dunas, com subidas e descidas, ladeando centenas de lagos de água turquesa e doce. A chuva tínha-nos deixado totalmente molhados e sentindo um pouco de frio, mas era quente a água onde fomos nos banhar. Que maravilha gente!

Ainda tinha mais para curtir. Sim, a praia totalmente deserta dos lençóis, com apenas algumas cabras e cabritos pastando. Praia de ondas, mas daquele tipo que vai afundando devagarzinho. Agora outro banho, mas de água salgada e já com o Sol aberto.

Abriu o apetite, mas não teve problema, porque mais meia hora e fomos comer no restaurante da Luzia, que só tem cardápio em inglês, francês e espanhol. Afinal, em português a gente fala, não é? Pode-se escolher entre camarão, cabrito e peixe. Podem escolher que não tem erro e ela não revela a receita.


Um restaurante coberto de palha de buriti, no meio do nada, totalmente simples, porém élegante, onde se é recebido com muita gentileza e fidalguia.
Depois do lauto almoço foi retornar pelas dunas, porém com as cores do entardecer.


Rolando pelos Lençóis Maranhenses em quadriciclo.

domingo, 14 de junho de 2009

DICAS DE VIAGEM – LENÇOIS MARANHENSES

Coisas práticas:

Como somente há agência do Banco do Brasil em Barreirinhas e não há caixas eletrônicos de outros bancos, é preciso, para a maioria das ocasiões, portar talões de cheques ou dinheiro vivo de preferência trocado. Cartões de Crédito só são aceitos nos estabelecimentos comerciais maiores, que são poucos. Cartões de Débito podem ser utilizados em alguns lugares.

Para o melhor passeio, que é a visita aos lençóis em quadriciclos, é recomendável não esquecer de colocar tênis na bagagem, pois é essencial para quem for pilotar (as mudanças de marcha se fazem com o pé). Não se assustem que o passeio é bárbaro.

Quem pensar em vir para Barreirinhas de avião (a alternativa é ônibus) não se esqueça que o equipamento é pequeno, portanto não é compatível com malas muito grandes (diga-se de passagem, para cá basta camisetas e roupas de banho, o resto é supérfluo, dizem que o limite por passageiro é de 10 quilos, mais ou menos).

Sobre os passeios:
A aventura de quadriciclo pelas dunas é o ponto alto da visita a região dos Lençóis Maranhenses. Só este passeio já justifica uma viagem para cá. E é uma boa oportunidade para se comer no restaurante da Luzia, famoso no pedaço e que merece a fama.

O sobrevôo sobre os Lençóis ganhou segundo lugar nas avaliações dos visitantes.

A viagem pelo Rio Preguiças até Caburé passando por Vassouras e Mandacaru é estupendo.

Pode-se ir às dunas em veículos quatro por quatro, à Lagoa Bonita ou à Lagoa Azul e lá se caminhar pelas areias e banhar-se em água doce e cristalina. Vale a pena.

A visita à Casa da Farinha, onde se mostra um modo artesanal de produção de farinha de mandioca, também merece atenção.

A descida em bóias pelo Rio Formiga, na Cardosa, precisa de época sem chuva. Pode ser considerado um programa acessório.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

BARREIRINHAS E SEUS ENCANTOS

Você já veio ao Maranhão? Então venha.

Sabe o que você vai encontrar? Muita coisa boa.

O cenário natural destas bandas dos chamados Lençóis Maranhenses parece com aqueles mostrados nos filmes das expedições de Jacques Cousteau misturados com os da National Geographic.

Barreirinhas possui um povo que ao que tudo indica foi educado todinho em uma escola suiça-tropical, oferece ao visitante um tratamento carinhoso e uma série de passeios para serem curtidos e guardados na lembrança.

O município fica à margem do Rio Preguiças que flui calmente até o mar, distante cerca de uma hora e meia de barco (voadeira). Um dos acessos aos Lençóis é pelo rio, os outros são ou por jipões tipo safari, quatro por quatro, ou por pequenos quadriciclos.

A viagem de barco por si só já é um passeio completo, é uma travessia semelhante às realizadas nos igarapés amazônicos, com margens próximas e vegetação exuberante. De vez em quando se avistam pequenas construções cobertas de palha de palmeira buriti, abundante na região e que é manipulada pela população local com arte e maestria, mostrando suas origens e um pouco da arquitetura indígena.


Conhecer as belezas daqui começa por navegar o Rio Preguiças, por suposto, sem pressa.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Lençóis Maranhenses – a chegada

Quando nós cogitamos viajar para o Maranhão resolvemos dar uma espiada no Google Earth: O Globo terrestre a nossa mão, num clique de mouse. Decidimos “voar” sobre os Lençóis Maranhenses. O que vimos foi surpreendente: uma faixa branca no mapa a direita de São Luís. Soubemos depois que tem cerca de 70 km de comprimento, por 50 km de largura. Um enorme parque formado por dunas de areia e milhares de lagos formados pelas águas da chuva: um deserto a beira mar, com direito a pequenos oásis. Uma imagem de respeito! Decidimos conferir e planejamos uma viagem que começasse por um vôo de São Luís a Barreirinha, no qual tivéssemos uma visão aérea dos lençóis, que aprendemos que se dividem em duas partes em grandes e pequenos lençóis divididos pelo Rio Preguiças (nome sugestivo para uma viagem). Do avião vê-se paisagens que sugerem uma sucessão de telas e pinturas indicativas de figuras, como quando se avistam nuvens no céu, uma imagem às avessas, do céu mirando-se a terra.

Os Lençois Maranhenses são de fato uma das maravilhas da natureza e praticamente intocados, pois o acesso se faz hoje somente através de trilhas com os jipões quatro por quatro. É um belo deserto de areia e água em permanente mutação, dependendo das estações das chuvas e das secas, com acesso restrito e controlado pelo IBAMA, até com excessos do tipo: só uma pequena parte pode ser sobrevoada e vista de cima. Recentemente, a partir 1981 é que entrou nos roteiros turísticos. Conta com boa base de apoio em Barreirinhas e possue hoteis, pousadas e Resorts para todos os gostos e bolsos.


Pra galera que gosta de um Lual, parece que a Lua cheia nas dunas é de converter qualquer um em monge budista.