sábado, 11 de maio de 2013

PELA PENÍNSULA IBÉRICA


Aqui vamos seguindo pelas estradas, entrando nas cidades, nos acomodando pelos hotéis, pegando os mapas, escolhendo percursos, caminhando pelas vielas, praças, ruas e avenidas, por subidas e decidas, às vezes escadas, conhecendo igrejas, palácios, mosteiros, castelos e lojas, lojinhas e lojonas. Assim vamos,tal como cavaleiro andante, sem cavalos andaluzes, apenas com nossos pés.

No Algarve apreciamos muito as estradas impecáveis, as casas recém pintadas todas de branco, tudo muito limpo e um povo adoravelmente bem educado e cordial. Já não falamos o mesmo destes espanhóis, em grande parte, carrancudos e as vezes grosseiros e mal educados. Claro que há exceções e muitas. Nada de estereótipos, mas que perdem de dez a zero dos portugueses não há dúvidas, hehehehehe. 

Destaque para a primavera, a estação das flores, com suas cores e formatos e também para os aromas que sentimos pelas ruas e jardins. Há praças com laranjeiras plantadas, todas floridas e com algumas frutas maduras. O perfume é tão gostoso que a gente se pergunta porque não se plantam estas árvores em todas as ruas e praças do mundo. Os pássaros agradeceriam e os japoneses ririam de nós embaixo de suas cerejeiras. 

Registro: é muito bom passear pelos jardins da Alhambra em Granada.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

DE REGRESSO À LISBOA


Oh! Porto de partida de navegações que, sempre a todos acolhes, tens tanta história a contar nas tuas calçadas atapetadas de pequenas pedras. Os visitantes que por elas caminham mostram sorrisos de alegria e se divertem a comentar-te em todos os idiomas, transformaste-te em uma cidade turística que aos portugueses não mais pertence, como tantas outros lugares por este mundo afora.

Em meio a tanta alegria sinto-te triste, mais que melancólica como sempre fostes. Sinto-te acabrunhada, pessimista, sem fé no futuro. Falas da crise, da crueldade dos financistas que cortam teus salários e proventos, do desemprego que angustia os jovens e aqueles que olham para o além do hoje.

Não permitas que o desrespeito e a violência tomem conta de tuas ruas e travessas. É preciso que repitas a todos os patrícios e forasteiros: caminhem tranquilos pelo Rossio a qualquer hora, porque estão em Portugal, estão em Lisboa e aqui as pessoas se respeitam.

 Oh! Lisboa de encantos tamanhos és maior que a crise que andam a falar por aí. Saberás içar as velas e partir a descobrir novos caminhos. Afinal és porto de grandes navegações e descobertas.