terça-feira, 14 de outubro de 2008

CHEGANDO AO RIO

Ontem, por acaso, encontrei novamente meu amigo José Vicente e ao conversar com ele dei boas risadas.

Ele, com aquele olhar ingênuo de aplicador na Bolsa de Valores de Xangai, me perguntava sobre o que a Marta e o PT de São Paulo estavam querendo saber da vida pessoal do Kassab. Ele nunca tinha percebido qualquer atitude fofoqueira por parte da sexóloga, ex-prefeita e ex-ministra do turismo: relaxa e goza. Será que o Partido dos Trabalhadores estaria insinuando que o Kassab é gay, só porque mora com mamãe, é solteiro e não tem filhos?

Não estaria o partido revelando um certo preconceito? José Vicente com um sorriso de canto sugere que só pode ser obra de alguns marqueteiros tucanos que estariam infiltrados na campanha petista e que Marta não saberia, a exemplo de outros correligionários, nada a respeito disso; que ela tinha entendido que a pergunta se referia apenas a melhor maneira de informar o eleitor de São Paulo que não conhece bem o prefeito que governa a cidade há dois anos e pico, para poder comparar com ela que é um pouco mais rodada.

O Zé começou também a falar das plásticas da prefeita, mas de repente mudou de assunto e passou a me fazer perguntas sobre a eleição no Rio de Janeiro, sabendo que eu vivo na cidade. Perguntou se era verdade que o Presidente da República e o Governador do Estado tinham resolvido intervir na eleição do Rio e partir para o tudo ou nada contra o ex-petista e agora inimigo Fernando Gabeira. Será o Severino?

Ele tinha ouvido falar que o Wladimir Palmeira, sim aquele mesmo que foi trocado pelo Embaixador dos EUA, estava apoiando o ex-tucano Eduardo Paes. Que também a Jandira tinha feito o mesmo porque o PSDB do Fernando Henrique tinha privatizado a saúde e como o PSDB está apoiando o Gabeira, logo, portanto, simplesmente, o PC do B devia apoiar a coligação de “esquerda” que está com o Paes. Francamente ele só podia estar de sacanagem, fazendo todas estas perguntas para mim.

Quando eu tentei falar alguma coisa, ele me disse: -- deixa pra lá eu estou mesmo é preocupado com a crise econômica.

-- Xará! Quando esperto (expert) tá se dando mal, imagine então o que está acontecendo aos recém chegados.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

BORDEAUX

Uma surpresa muito agradável nos aguardava em Bordeaux, a de sermos convidados a jantar na casa de um cuisinier profissional. O menu “simples” como convinha. De aperitivo um foie de canard (pato) entier acompanhado de um vinho tipo sauterne. A entrada era uma troxinha de maçã com queijo de cabra, além de salada verde. O prato principal um magret de canard ao mel e ervas com batatas, acompanhado de um vinho tinto Bordeaux da safra especial de 2005. De sobremesa uma torta de chocolate/café. Tudo feito em casa ( a la maison). Não poderemos jamais comer pato novamente na vida pois o ápice de tal prato foi obtido pelo chef Rafá.

Nossos amigos Rafael e Anne, ele cozinheiro, ela jornalista e âncora de programa radiofônico matutino de duas horas e meia: música, notícias e atualidades, foram uns amores conosco. Recepção muitas estrelas.

Mas, falando da cidade de Bordeaux neste início de outono, com tempo bom, pode-se dizer que é o bicho, cara. Muita história, muita arquitetura (quase todas as construçòes são baixas e feitas de pedras bordalesas beges) e muita juventude curtindo o sol durante o dia e os bares durante a noite. Uma cidade tipicamente francesa, capital da produção de vinhos, dos mais famosos do mundo.

Para quem gosta de passear e caminhar é um lugar ideal. Seu tamanho (aproximadamente 280 mil habitantes) ainda permite um ambiente relativamente calmo e chique, com um comércio variado.

Quem visitar Bordeaux não deve deixar de ir ao bairro de Saint Michel onde se pode encontrar todos os tipos de temperos e ingredientes de todo o mundo, com um comércio comandado por marroquinhos, africanos, chineses e “batrícios” em geral.

Ao sentar-se em um restaurante em Bordeaux não tenha medo de pedir um vinho da casa ou vinho nacional, com certeza não vai se decepcionar.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

SAINT EMILION

Chegamos a Bordeaux no dia 22 de setembro, em plena transição do verão para o outono na Europa; momento no qual os produtores de vinho da região estão decidindo o dia certo para dar início a colheita. Torcem por mais uns dias de Sol para aumentar o teor de açúcar das uvas. Temem por uma súbita queda de temperatura e uma eventual geada, que lhes imporia grandes perdas. Como bons agricultores reclamam de quase tudo, principalmente do clima, dizem que até aqui o tempo não tem ajudado muito. O fato é que ôntem e hoje, os dias estão ensolarados e sem nenhuma nuvem no céu. Oxalá Baco os protejam!

Estamos visitando nossos amigos Rafa e Anne que vivem nestas bandas. Ele nos levou a conhecer Saint Emilion, a cerca de 40 km de Bordeaux. No caminho, ao longo da estrada, vinhedos carregados de cachos de uvas maduras se espalham por todos os cantos, até quase dentro das casas, das ruas e dos edifícios antigos. Fileiras de parreiras penetram os campos. Os cachos, mais pesados que as folhas, ficam pendurados na parte de baixo e por pouco não chegam até o chão. Uvas, uvas e mais uvas, recebem os raios de Sol e sintetizam mais e mais açúcar, para se prepararem para produzir vinhos e mais vinhos.

Saint Emilion é uma cidade medieval que mora sobre uma pequena colina; cheia de vida respira sua história, cheia de caves exibe seus produtos e convida o visitante a sentar-se e provar seus vinhos e queijos. Alguns restaurantes oferecem nos cardápios pratos a base de pato, ovelha, peru, além dos mais variados peixes e frutos do mar. Uma cidade francesa com certeza.

Diz a lenda, que lá viveu refugiado, os últimos anos de sua vida, no século XII, um monge beneditino que se tornou ermitão e passou a habitar uma das inúmeras cavidades naturais que havia na região.
Há também uma pedra em que o santo utilizava para sentar-se, a qual se atribui poderes milagrosos para aumento da fertilidade. Sabe como é né? Na dúvida ...

Embaixo de um grande campanário há uma igreja escavada em um bloco de pedra, denominada igreja monolítica e possui diversas galerias que no passado abrigaram um cemitério ao modo das catacumbas.

O ambiente natural da região é composto de rochas cálcareas, bastante porosas, que servem para construção civil, e revestem grande parte das casas e edificios de Bordeaux: as chamadas pedras bordalesas que dão um toque característico a cidade.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

FUTEBOL EM LONDRES

No intervalo do jogo resolvi ir ao toilete e num é que o banheiro tinha até papel higiênico. Não fosse o cigarro que havia sido lançado no vaso sanitário, por algum fumante transgressor, diríamos que o local estava impecável, melhor que de muitos hospitais e restaurantes finos.

No estádio Stamford Bridge, localizado no bairro de Fulham, pertencente ao Chelsea, numa noite com clima superagradável, rolava o jogo Chelsea versus Bordeaux, pela primeira rodada da liga dos campeões da Europa. A margem do campo o nosso conhecido Filipão, estreante neste tipo de competição, estava mais nervoso do que todo o público, que pelos meus cálculos devia somar uns trinta mil espectadores. Diga-se de passagem, ficavam todos sentados em cadeiras numeradas, com um cachecol de boa qualidade, sobre o encosto, dado como brinde e com as cores do clube, azul e branco, que coloriam todo o ambiente. Parecia o Olímpico, estádio do Grêmio, em dia de clássico.

Assistir a partidas de futebol, em qualquer canto que seja, dá uma idéia de como são as coisas nestes lugares. O ritual em Londres tava mais para concerto de música clássica do que para uma competição esportiva. Tinha até folheto com destalhes do espetáculo. O ambiente muito educado em um lugar impecavelmente cuidado. Ali só não joga futebol quem não sabe, porque o gramado era ainda mais bem tratado que os dos parques londrinos. A turma do Deco, Petr, Balack, John Terry, Joe Cole e outros craques não se fizeram de rogados. Deram show e meteram quatro a zero nos visitantes. O clima era civilizado e havia até uma família francesa torcendo animadamente pelo Bordeaux e olha que os garotos não levaram nenhum cascudo.

Uma coisa estimula e intriga a mente. Havia também muitos seguranças do próprio estádio, dentro e fora, além de uma polícia montada elegantemente vestida, onde se destacava uma jovem e linda amazona. Por que tal aparato?


O meu amigo José Vicente se estivesse presente, arriscaria uma explicação e diria que estavam lá apenas para compor a estética do espetáculo e que não havia a menor possibilidades de qualquer contratempo. Diria que os ingleses são assim mesmo, cavalheiros e cavaleiros, os inventores do falado, em bom português esportivo: fair-play.


terça-feira, 16 de setembro de 2008

FINLANDIA

Logo na chegada a Helsinque percebemos que estávamos a chegar num outro canto da Escandinávia, tudo escrito em finlandês e sueco, placas de ruas, avisos e publicidades. Quando eles falam a gente não tem a menor idéia do que estão tratando. Parece que às vezes estão transmitindo carreiras do jóquei clube, ou então, falando algum dialeto japonês.

A cidade de Helsinque, na Finlândia, como Oslo, na Noruega e Estocolmo na Suécia, se formou a partir dos portos e das feiras. Até hoje, há diante destes portos: mercados e feiras livres permanentes; vendem de tudo. As ruas se irradiam entre as ilhas, comunicando-se por pontes, e avançam terra adentro. A beleza arquitetônica delas é muito marcada pelos edifícios, que se alinham ao longo do cais e nas vias que se dirigem ao centro comercial da cidade, construídos a partir do século XVIII, dos luxos de suas monarquias e cortes.

Em Helsinque a presença russa também é muito marcante, a começar por uma belíssima igreja ortodoxa, com sua silhueta típica, suas treze torres em forma de peras. Dentro do templo há urnas funerárias grandes, vazias, para simbolizar a ressurreição de Cristo e que eles utilizam em datas especiais do ano. As pinturas sacras e ornamentos revelam a estética das igrejas cristãs do leste. Nos nomes das ruas e nos restaurantes também se percebe a presença do país vizinho que os dominou por mais de dois séculos, na época czarista. Curiosamente, a Finlândia tal como nós a conhecemos hoje, é um país recente, tendo sua independência política começado com a queda do czar pela revolução bolchevique, em 1917. A influência da Rússia remonta a muitos anos antes da experiência comunista e da União Soviética.


Helsinque é uma capital com todas as características atuais, comuns as grandes capitais, percebe-se a presença de pessoas de todas as partes, não somente como turísticas, circulando por suas ruas. Também nos diversos tipos de restaurantes e culinária constatata-se a presença de indianos, nepaleses, chineses, italianos, espanhois, etc. Há até alguns bons lugares para se saborear a comida nórdica: muito peixe e frutos do mar, carnes de rena, alce, urso, ovelha. É preciso tomar atenção com os temperos, ou então piri, piri, na certa.

domingo, 14 de setembro de 2008

HELSINQUE – IGREJA DE PEDRA

Sensacional! Magnífica! Cada cidade tem suas surpresas. Pois não é que em Helsinque nos deparamos com uma igreja construída em uma pedreira fora de produção. Os arquitetos provavelmente luteranos de boa cepa abandonaram todos os tipos de símbolos religiosos comuns as igrejas cristãs e criaram um espaço único de culto e outras atividades culturais.

A semelhança dos teatros de arena todos os bancos em madeira são voltados a uma mesa; local onde, provavelmente, o coordenador dos cultos se achega para suas pregações e demais atos litúrgicos. Não há imagens, nem pinturas, nem mesmo uma cruz. Zero total à iconografia esteve na base da concepção do projeto. Enfim, o mais arrojado projeto de igreja que já vi. Até porque multifuncional e eclético.


A presença de um órgão, com seus inúmeros tubos confere uma certa nobreza ao lugar e talvez seja a única coisa que nos faça lembrar de um templo religioso. A iluminação natural através do uso do vidro e uma cúpula de cobre na forma de um grande disco completam a casa que possui ótima acústica, permitindo a apresentação de concertos de música, em cenário muito especial. Lá tivemos a oportunidade de assistir a apresentação de orquestra de sopros, com temas contemporâneos e música sacra incluindo canto coral. Beleza pura!

terça-feira, 9 de setembro de 2008

TALLINN

Hoje em dia quem visita a Finlândia não deixa de dar um pulo a Tallin, capital da Estônia e importante entreposto comercial, leste/oeste, desde o século XII. A cidade sempre foi centro de disputa entre Suecos, Dinamarqueses, Alemães e Russos. Somente a partir de 1990, a Estônia se torna novamente um país independente e em 2001,membro da União Européia. O país conta 1,3 milhões de habitantes, dos quais 400 mil vivem na capital Tallin, sendo 54% estonianos, 37% russos, 4% ucranianos e 2% bielorussos, 3% outros.

Uma pérola no mar Báltico, que está a uma hora e meia de barco da Finlândia. Tallin está para Helsinque, assim como Colônia de Sacramento e Montevideu, no Uruguai, estão para Buenos Aires, na Argentina. Pode se tomar um catamaran pela manhã, passear o dia todo, e voltar ao final do dia.

Passeia-se por sua ruas respirando o ar da história do mercantilismo. As casas das guildas ainda estão para testemunhar o papel que as corporações de ofícios e o comércio desempenharam na formação das cidades medievais. É marcante também a presença das igrejas que conforme o período deixaram suas marcas. Há templos: católico, luteranos e ortodoxos espalhados pela chamada cidade velha, que mesmo com muralhas e torres a cercá-la, não deixa de ter vida própria, abrigando artistas e mestres na produção de cristais e cerâmica, além das atividades normais a todas as capitais de países, com muitas embaixadas e prédios públicos.


O que eu não imaginava é que a bandeira da Estônia fosse igual a do Grêmio Futebol Portoalegrense. Terá tido algum descendente destas paragens influenciado na escolha das cores gremistas?

VASA MUSEU – ESTOCOLMO

Um dos lugares mais incríveis para se visitar em Estocolmo é um museu construído para abrigar um único navio, que por sinal tem uma história fascinante; a exemplo do Titanic, ele também não completou o que seria sua primeira viagem, na verdade ele não chegou sequer a sair do porto.

Essa história começou, quando um famoso rei sueco Gustavo Adolfo II, o denominado ‘Leão do Norte’, mandou construir um navio de guerra para afirmação do poder da dinastia dos Vasa.
Porém quando de seu lançamento no ano de 1628, ocorreu o inesperado naufrágio da embarcação, em pleno porto.

Em 1956, mais de trezentos anos após o acidente, um arqueólogo verificou que o barco naufragado encontrava-se surpreendentemente em bom estado de conservação devido às condições peculiares do local e propôs ao Rei Gustavo VI um projeto de resgate e restauração. Projeto totalmente exitoso.

Hoje, este museu que atrai a atenção de todas as pessoas que visitam Estocolmo, mostra de maneira muito elaborada, em detalhes, aquele que deveria ter sido um símbolo de força daquela família real e de seu povo.

Sobram informações sobre o modo de construção da época e arte em seus objetos de uso e ornamentação. São impressionantes as esculturas e entalhes em madeira que ainda se vê no barco. Construiram inclusive uma maquete bastante colorida simulando como seria o navio em operação. Vale a visita e a curtição. Deve-se também evitar qualquer associação entre o nome da dinastia e o que aconteceu com a barco. Por favor, nada de trocadilhos infames.

domingo, 7 de setembro de 2008

ESTOCOLMO

A capital da Suécia com seus 760 mil habitantes faz questão de se apresentar aos forasteiros como a maior das capitais dos países da Escandinávia. Ela de fato impressiona logo a primeira vista por sua imponência e beleza de seus prédios, edifícios públicos e igrejas. Uma mistura das outras antigas capitais da Europa, com gabarito de seis a sete andares decorando as margens dos portos e das ruas, praças e avenidas.

Estocolmo se compõe de várias pequenas ilhas interligadas por pontes, que podem, algumas delas, ser conhecidas, caminhando-se a pé. Uma delas, a Gamla Stan, reune a parte antiga mais preservada de Estocolmo, que com suas ruelas e becos, forma um ambiente que faz o espírito viajar suavemente e pede uma mesa de bar para se tomar um cafézinho, sem pressa, sem horário para levantar.

Mas, a cidade é também moderna, dotada de magnífica estrutura de transportes coletivos. Logo ao chegar, no aeroporto mesmo, adquirimos um passe para tres dias que permite andar de ônibus, metro e alguns trajetos em barco, além de entrada franca nos cerca de 60 museus da cidade e demais atrações turísticas. A cidade pulsa cultura e trabalho, com a cara das metrópoles atuais, com diversas atividades se realizando simultaneamente.

Há comidas para todos os gostos e a impressão que passa, é a que ela tem a maior concentração de restaurantes thai, por metro quadrado do mundo; talvez perca somente para a Tailândia. Come-se muito bem na auto-intitulada capital da Europa Nórdica. A gastronomia italiana e indiana marcam presença por todos os cantos. Enfim, uma cidade cosmopolita que fala sueco, mas se comunica num monte de línguas.


O mais curioso de Estocolmo é que a moda atual de suas meninas é pintar o cabelo de loiro e usar não sei bem que tipo de lente de contacto que deixam os olhos delas bem azuis. Devem também usar filtros solares bem fortes porque apesar de estarem no fim do verão a pele delas é super branca. As suas executivas se vestem de terninhos pretos e as menininhas de saias que parecem uns balõezinhos. Enfim, umas gracinhas.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

DESPEDIDA DA NORUEGA

A viagem de carro de Bergen a Oslo leva mais ou menos umas oito horas; são aproximadamente 500 km. em estradas cuja velocidade máxima permitida é de 70 km/h. Resolvemos voltar por uma estrada que pensávamos ser uma espécie de auto-estrada, e não deixava de ser, só que com uma única pista. No início uma sucessão de túneis, o maior de 25 km, havendo outro de 11 km, um de 5 km e vários de três e quatro km. Sabíamos que lá fora havia a bela vista dos fiordes, que acabou ficando para trás.

Ainda, teríamos algumas surpresas pela frente. Íamos em direção a Oslo e não sabíamos que por cerca de 200 km não havia postos de gasolina. E não é que a luzinha do painel resolveu acender e ficar vermelhinha, lembrando-nos que o tanque estava já na reserva! Um bom suspense, numa estrada que subia e descia morros, cheias de curvas e com diversos trechos em obras. Quando encontramos um posto, este felizmente pertencia a um ótimo lugar com cafeteria e área de estar. Relax puro. Como diria a atualização do ditado, em bom português: depois do stress vem o relax.

A nossa parada antes de partir para o aeroporto Gardermoen em Oslo foi numa cidade/balneário a beira do lago de Mjosa, chamada Hamar. Há nesta cidade uma obra super original: foi construída uma igreja de arquitetura contemporânea em estrutura metálica e muito vidro envolvendo as ruinas de uma antiga igreja do séc. XII. O efeito obtido foi espetacular. Sabe como é: a fusão do novo com o velho. E ainda tinha um casamento noruegues chique sendo realizado.

Hamar é um lugar de veraneio para se tomar banhos de Sol, pedalar e praticar esportes náuticos. No dia 15 de agosto se encerra o período de férias na região, inclusive deixa de haver um passeio com um barco original de século XIX, que percorre o lago durante o verão e se constitui em atração turística local. No final de agosto, fim de temporada, o local embora bonito fica, digamos, um pouco/muito desanimado.

Bye, Bye, Noruega, país muito lindo, rei de belas e indescritíveis paisagens, com uma população finíssima (não necessariamente de cintura), lugar ideal para se passear. E uma coisa não pode deixar de ser dita, em alto e bom som. Os pães da Noruega são simplesmente: ma ra vi lho sos, como se diria lá no Sul.

domingo, 31 de agosto de 2008

BERGEN E OS FIORDES

A segunda cidade da Noruega é talvez a principal atração turística do país. De lá partem as excursões para passeio pelos famosos fiordes de sua costa oeste.

A cidade de Bergen é puro charme. Com aproximadamente 230 mil habitantes é uma cidade portuária que encanta, pela arquitetura de suas construções, o desenho de suas ruas, pelo mercado de peixe em frente ao porto, uma grande feira livre permanente onde se vende alimentos, flores, peles de animais e roupas. E o encanto do Bryggen, conjunto medieval de casas, hoje consideradas patrimônio da humanidade pela UNESCO.

Há também um bondinho, selhelhante ao do Cristo Redentor, que leva ao topo de um morro que permite uma linda vista do porto e da cidade. Optamos por descer a pé para conhecer as ruas e casas do bairro que o cerca. Beleza pura. Parece com o antigo bairro do Cosme Velho no Rio de Janeiro antes da atual crise de violência e temores. Caminhamos por uma hora a vagar, devagar, a passear e a observar os detalhes de casas e jardins. E pensar que já tivemos essa tranquilidade também.

Os passeios pelos fiordes é o principal motivo que leva os turistas a Bergen. Há passeios que duram vários dias em grandes navios que viajam por toda a longa costa da Noruega, ou então passeios de menor duração que podem ser só de barco, ou combinando barco com trem ou ônibus.

O passeio que fizemos começou na estação ferroviária as 8:30 e terminou no porto às 20:30, com um parada de tres hora em Flam, próximo ao ponto extremo do fiorde Sogneford. O trecho ferroviário inclui uma baldeação para um segundo trem que desce de Myrdal para Flam. Nesta descida tem-se direito a várias paradas para se aproveitar da vista deslumbrante dos morros e de cachoeiras. É bonito pra caramba!

Os gigantescos morros de pedra que margeiam os fiordes, que já havíamos visto de cima, se mostram ainda mais expressivos quando vistos de dentro dos barcos. Paisagens mais paisagens, a todo momento, ainda mais paisagens. Tivemos direito também a uma pequena frustração, o passeio de barco foi acompanhado de chuva. Sabe como é, tudo ficou meio acinzentado, né? Pois é.

Nem tudo é positivo em Bergen. Come-se mal a beça; comidas super temperadas e ruins, serviço de pub, ou seja, sem serviço. Com direito a piri-piri.

sábado, 30 de agosto de 2008

RUMO A BERGEN

Não esquecam de ver as fotos de viagem


Prepare-se, a 600 m., na rotunda, entre na segunda saída. Era a voz gravada no GPS, em português não muito castiço, mascom sotaque lusitano, que ouvíamos ao sair do aeroporto internacional de Gardermoen, distante cerca de 50 km. da cidade de Oslo. A voz, por ser feminina, apelidamos quase que instantaneamente de Maria, e a partir de então, tornou-se nossa companheira de viagem que quando ficava muito tempo em silêncio nos deixava preocupados.

Logo nos primeiros trechos percorridos, percebemos que a viagem seria um passeio só; dos dois lados da estrada, o campo Norueguês parecia cuidado como um jardim, propriedades de pouco mais de um hectare, geralmente com uma casa grande construída em madeira, pintada em cores vivas, com rolos de feno cobertos por plásticos de cor branca, dispostos na propriedade, para consumo dos animais nos meses de inverno: ovelhas, vacas, cavalos e cabras.

Na estrada, deparamo-nos com várias placas avisando de travessia na pista de alces e veadinhos. Não chegamos a vê-los, só fomos atrapalhados duas vezes uma por rebanho de ovelhas e outra, já na volta, por cabras. Ao contrário do Brasil em todo o percurso não vimos grandes propriedades rurais, somente pequenas, o que explica a enorme quantidade de casas no campo e pequenas cidades, vilas e aldeias.

Paramos para dormir em um hotel de beira de estrada nas imediações de Gol, que mais parecia uma colônia de férias de velhinhas norueguesas muito simpáticas e sorridentes.

Depois seguimos pela cidade de Geilo em direção a Bergen, fantástico, o caminho cheio de curvas, subindo e descendo montanhas, seguindo em paralelo ao curso dos rios e de alguns lagos. A paisagem era formada, ora por montanhas cobertas de pinheiros, ora por montanhas de pedra com alguma neve remanescente. Quando ladeávamos estes rios (alguns eram fiordes) nos fundos dos vales era como se estivéssemos navegando neles, entre montanhas enormes.

Um dos fiordes, precisamos atravessar em ferry boat durante uns vinte minutos. Vieram depois uma sucessão de túneis até chegarmos a Bergen. Toda a viagem foi feita em pista única e curiosamente para nós os motoristas daqui não procuram ultrapassar uns aos outros, apesar da velocidade máxima ser de 70 km/h. o que tornou a viagem bem tranquila.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

ADEUS REYKJAVIK

Quando se parte de qualquer país a gente fica a pensar, como se estivéssemos assistindo a um replay a passar na tela da mente, contando as impressões que tivemos. Nós que viemos de longe e já estamos a partir, sentimos que para conhecer melhor a Islândia não são suficientes os cinco dias que por aqui passamos. Este país possui paisagens bem diferentes das que estamos acostumados. Há grandes extensões planas, com pouca vegetação, e o terreno com o aspecto lunar deixado pelas lavas, tudo em razão de sua estrutura geológica e sua origem vulcânica; há também serras e montanhas, algumas com neves eternas e de formato parecido com vulcões extintos. Para se fazer os passeios obrigatórios e dar a volta a ilha se precisa muito mais tempo do que dispusemos.


Visitamos Reykjavik em dias muito particulares. Sem saber, viemos em momento que a cidade estava em festa, em pleno Festival da Cultura. A população toda: crianças, jovens, adultos, pessoas idosas e bebês, não escapando ninguém, saem para as ruas, não se importando se chove ou se faz frio. O dia começou com uma Maratona, onde mais ou menos dez por cento da população participa correndo, incluindo crianças e papais e mamães empurrando carrinhos. Cada qual cumprindo o seu trajeto no ritmo que deseja ou consegue. Os noventa por cento restante ficam a assistir e torcer pelos outros.

Durante o dia todo espalham-se barracas que vendem de tudo: antiguidades, roupas, flores e principalmente comidinhas para alimentar a galera que está pelas ruas a beber, a ouvir e a tocar música, apresentar danças, enfim festa para valer que se estende pelo dia, pela noite, pela madrugada até o dia seguinte.

O ponto alto das comemorações é a apresentação, no porto, de um show de fogos de artifício; olha francamente, deixa os nossos muito para trás; pensamos em pedir ao César Maia, ao Sérgio Cabral e talvez até ao presidente para conversarem com o pessoal daqui para eles darem umas dicas.

Estamos agora em Bergen, na Noruega de onde saem os barcos para visita aos famosos Fiordes. Bem, depois a gente conta.

sábado, 23 de agosto de 2008

PASSEANDO PELA ISLANDIA

Fizemos mais duas excurções pela ilha: uma, chamada de Golden Circle, na qual se visita uma bela cachoeira e em seguida um lugar onde água e vapores brotam da terra a temperaturas muito elevadas; chamam-se geysir, um deles impressiona, porque a cada cinco minutos jorra como se fosse um poço de petróleo dos fimes sobre o oeste americano, atingindo a altura de oito a quinze metros. O ponto alto do dia foi visitar um lugar, onde se pode conferir a fenda existente entre as placas tectônicas da banda européia e da banda americana; esta rachadura cruza de alto a baixo a ilha. Quer dizer se a esfera quebrar, como duas partes de uma laranja, pode ser que a Islandia de uma ilha vire duas. Eles no nomomento não se preocupam muito, porque por enquanto a fenda ajuda a indústria do turismo local.

Depois fomos a Blue Lagoon. Que maravilha! Um parque aquático em plena área de formação vulcânica. Para relaxar, nada como uma estação de águas, onde fora voce passa um frio danado, com vento e chuvisco gelado e em seguida a alegria de entrar nas águas quentes de um laguinho azul claro a 39 graus. Ao lado de fora, sauna seca, úmida e duchas. Relaxa até rocha vulcânica. Claro que não podia faltar um recanto com espreguiçadeiras e serviço de bar com bom vinho e lanchonete. Ah! Como é bom dormir....

A Islândia é um país pequeno, que de início parece ter muita coisa a mostrar. Mas aos poucos a gente vai conhecendo os seus encantos. Até no perguntamos como é que em situações difíceis alguns seres humanos conseguem prodígios e em outras sucumbem.

O que se percebe é que a galera daqui é muito educada e os que chegam de fora também dançam a mesma música.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

PESCANDO BALEIAS NA ISLANDIA (ICELAND)

Que beleza! Chegamos a este país ilha de 103.000 km2 com população de 300.000 habitantes, da qual a metade vive na capital: Reykjavik. O idioma é o Islandês, mas todo mundo por estas bandas Escandinavas comunicam-se também em Inglês.
Area de origem vulcânica, muito plana e com pouca vegetação, detentora do titulo de melhor IDH (Indice de Desenvolvimento Humano) do globo; próxima ao Círculo Polar Ártico é terra de muito frio, peixes e lendas. Tem também muitas bandas de rock e a famosa cantora Björk.

Reykjvik é uma cidade alegre com muitos retaurantes e bares, cafés com música ao vivo e super carrões, porém guarda algumas coisas de cidade do interior, como por exemplo o comércio fechar para o almoço e o horário de jantar ser cedo.

Chegamos ontem ao meio dia sob um Sol de rachar coco da Bahia, Quem diria, quase no Polo Norte, depois de uma semana de chuvas sermos recebidos no dia de verão? Não tivemos dúvidas, Marcamos para hoje participar de uma expedição-aventura de pesca da Baleia. Dane-se que é um animal em extinção.

Logo de madrugada, às 9:00 da manhã, pontualmente, estavamos embarcando junto com outros pescadores de diversos países, todos contando estórias fantásticas de suas experiências pelos mais variados santuários ecológicos. Todos estavam muito ansiosos pelas famosas colonias de baleias da Islândia.

Nestas ocasiões é indispensável roupas, gorros e luvas a prova de vento frio. Quando se navega por estes mares, próximos a região polar, a sensação térmica é a de uma viagem ao fundo da terra do gelo.

Quando a guia da expedição gritou: - Baleia a vista! Todos sacaram suas câmeras digitais para tentar fisgar algumas baleias. Ela, a guia, que por sinal não era baleia e sim esguia (não confundir com ex-guia) procurava indicar onde elas apareciam, usando como sugestão os ponteiros de um relógio, e a cada hora a galera se voltava de um lado para outro.
Sensacional gente! Tivemos muita sorte nesta pescaria e vimos um verdadeiro show de baleias aparecendo a tona querendo imitar golfinhos, acompanhadas por exibições de pássaros com seus estilosos vôos rasantes e mergulhos. Os barcos sabem onde elas estão ao avistar de longe as aves pescadoras acompanhando os cardumes.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

OSLO – as aliadas

Não esquecam de ver também as Fotos de Viagem

Alguns dizem que os turistas tem uma espécie de anjo da guarda; Carlos Castañeda diria que na verdade são aliados, que como surgem de repente, também desaparecem sem deixar vestigios.

Pois não é que estávamos as voltas com uns mapas em um ponto de ônibus na frente do portão de entrada do Vigeland Parque (o parque das esculturas: realização de quarenta anos de trabalho do notável escultor que dá nome ao parque), quando perguntamos a uma jovem que estava sentada em um banco da parada do ônibus se era necessário adquirir-se o ticket em algum lugar antes de subirmos na condução. Não é que a garota que era sérvia, falava português-brasileiro. Ela havia morado em Paranaguá, Paraná, no anode 1999 e tinha apreendido a falar razoavelmente bem a nossa língua. A menina nos contou que faz pós-graduação em geo-física em Houston e fala, além de Sérvio, sua língua materna, russo e inglês. Nos deu todas as dicas de como adquirir o Oslo Pass que dá direito a uso ilimitado no Metrô, tram (bondes) e ônibus, além de entrada livre nos diversos museu da cidade, ou seja: uma super economia de tempo e grana . Decididamente uma aliada. Quando nos voltamos para agradecer ela não se encontrava mais onde nós a haviamos deixado. Ela nos disse que se chamava Sonja (Sônia para nosotros).

Assim, com o passe, pudemos fazer um passeio de barco, um lunch cruise (buffet de camarão no bafo), por duas horas e depois visitar o Museu Kon Tiki, Museu do Folklore Norueguês, o Museu dos Vikings e o Museu do Munch. Pode parece que foi coisa de mais, mas não foi, pois não se gasta muito tempo em transporte nesta cidade. A rede deles é fantástica. (dá uma inveja danada).

Curiosamente, ao sairmos do museu do folklore para irmos ao museu do Munch, estávamos novamente olhando nossos mapas, quando uma senhora se aproximou de nós e nos ensinou como deviriamos fazer para ir ao Munch Museum, Ela anotou em um papel qual estação de ônibus deveríamos descer e fazer conexão com o Metrô local. Por fim, acabou indo com a gente até dentro da estação. Quando tentamos procurá-la para agradecer não a encontramos, sem dúvida era uma outra aliada...

A noite seguimos recomendação de Dom Mário e jantamos no restaurante Lofoten, na beira do cais. O prato do dia era um bacalhau fresco de comer aos prantos, agradecendo aos senhores do tempo por termos vindo a estas plagas.

domingo, 17 de agosto de 2008

DESEMBARQUE NA NORUEGA

Conforme previsto, apenas com meia hora de atraso, o vôo TP 506 da TAP pousou no aeroporto internacional de Oslo, procedente de Lisboa onde fizemos uma conexão e soubemos pela televisão que um nadador brasileiro, César Cielo, havia ganho uma medalha de ouro e ainda por cima, batido o recorde olímpico da prova de 50 m.;que marvilha! A incompetência da nossa imprensa em antever resultados não merece maiores comentários.

Embora a previsão do tempo para a chegada fosse de muita chuva, fomos premiados: o dia estava ensolarado e claro e da janela do avião já dava gosto de ver os recortes do litoral norueguês e uma quantidade enorme de barcos e veleiros: alguns ancorados e outros se movimentando pelas águas próximas ao porto da cidade. Vimos do alto também muitas casas, bem cuidadas, espalhadas por áreas verdes, que parecem compor pequenas fazendolas. Vista de cima a capital da Noruega já começa a mostrar encantos. Interessante! Pelo jeito o povo daqui é super ligado a tudo que tem a ver com o mar. Pudera, tanta costa, tanto mar, tanta tradição pesqueira, tanta guerra. Afinal estamos chegando a terra dos Vikings.

Os guias de viagem dizem que Oslo fui fundada no ano 1000 (número muito redondo para o meu gosto) e hoje sua população conta aproximadamente 550 mil habitantes. Uma cidade de tamanho ideal, cujos edificios raramente superam cinco pavimentos, com muitas praças ajardinadas e nesta época do ano ainda floridas. O padrão é de país desenvolvido: da gosto de ver tudo super cuidado e no verão povoada de jovens e turistas de todos os cantos do mundo.

Ao se caminhar pela cidade logo se percebe que em muitos lugares há esculturas, principalmente representando seres humanos, todas guardando um certo estilo. Depois se descobre, ao se visitar o parque mais importante de Oslo, que a cidade é marcada pelo obra de Gustav Viegeland, que dá o nome a um parque que abriga suas esculturas. São da Noruega também, o pintor Edvard Munch ( O Grito ) e o dramaturgo Henrik Ibsen( Casa das Bonecas).

A turma destas bandas em geral é loira, mas há também muitos indianos e africanos, o que lhe da face de cidade cosmopolita. Destaca-se o design de objetos para casa e as roupas norueguesas que são muito bonitas. Como em toda grande cidade de elevado poder de compra, estão presentes as grifes internacionais famosas.

Confesso que não vi ninguém utilizando aqueles capacetes com cornos dos filmes que tratam dos vikings; devem estar fora de moda.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

VAMOS VOAR PARA A ESCANDINÁVIA

Uma boa viagem invariavelmente começa muito tempo antes da gente botar o pé na estrada, nas conversas em casa na hora do almoço ou num bate-papo de bar, pão e vinho sobre a mesa. Pode cerveja também, churrasco, bebidas destiladas...

Pode tudo, principalmente sonhar.

Outro dia pensávamos em ir talvez para a Turquia, Grécia, Egito e por que não o Irã. Só por causa dos Iatolás, ou do Bush e seu eixo do mal. Pensando bem, não se deve rejeitar nenhuma possibilidade de viagem. Embora se saiba que é impossível ir a todos os lugares do mundo, não custa tentar, né?!

Hoje, com a Internet, as revistas e guias de viagem, a gente já viaja sem sair do lugar. E o GoogleEarth que coloca o mundo todo nas nossas mãos! Tudo tá fácil, demais.

Pois é gente, isso é para dizer que sexta-feira próxima estamos tomando um avião rumo a Escandinávia: vamos à Islândia, Noruega, Suécia e Finlândia. Vamos também visitar a Mari e o Edo em Londres, passando por Bordeaux para encontrar o Rafa e a Anne que moram lá. Não há segundas intenções, apenas coincidências. Como estaremos por lá, não poderíamos deixar de ir a Paris.

Na volta para casa, passaremos por Lisboa para dar um abraço na parte da família que mora em Lisboa: os primos, Belarmino, Maria Sofia, José Alfredo, Paula e Tomás.

Partiremos dia 15 de agosto e retornaremos dia 04 de outubro para votar, não sabemos em quem ainda.

O bispo Crivela não nos perdoaria se faltassemos a eleição (brincadeirinha gente, o bispo não é rancoroso)

Acompanhe todas as emoções nos blogs do Soeiro: crônicas e fotos de viagem.

Desculpem a confidência: estamos com T.P.V. (Tensão Pré-Viagem), mas vai passar...

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Uruguay


Terminamos nosso giro pelo Uruguai em Punta del Diablo. Os contrastes foram aparecendo. Do luxo de Punta del Leste para a simplicidade de uma vila de pescadores que está se transformando em um novo balneário. O lugar tem praias e dunas e nos dias que passamos por lá, muito vento; o pessoal destas bandas parece estar adaptado as circunstancias e não deixa de curtir por esses detalhes…
Visitamos também Cabo Polônio e a Fortaleza Santa Tereza. O cabo é um barato, chega-se somente de auto 4×4 por estradas de areia em meio a dunas, lugar do tipo woodstock não acabou ou área de preservação de bicho grilo. Já a fortaleza, construída em inícios do século XVIII, está super conservada, rodeada por um parque onde se pode acampar embaixo das árvores, com estrutura de camping. Pode-se acessar algumas praias de boas ondas o que atrai surfistas de vários lugares.
O Uruguai é um país que cativa aos poucos quem o visita devido, principalmente, a cordialidade de seu povo. Desde Rivera, ao lado de Santana do Livramento, onde iniciamos o nosso giro pudemos sentir como se tratam reciprocamente brasileiros e uruguaios. Pelo interior pegando suas estradas, bem conservadas, pudemos ver enormes descampados com diversas fazendas de pecuária extensiva.
Colônia do Sacramento, fundada pelos portugueses, é uma peça da historia da América Latina, das questões entre os impérios português e espanhol que começa a nos ensinar o que é o Uruguai. O centro histórico da cidade de Montevidéu, fundada pelos espanhóis, idem.
Punta del Este nos mostrou a importância da indústria do turismo numa economia que vive da exportação de carne e lã. A opulência de um dos balneários vips do mundo contrastando com a simplicidade decente do resto do país. Os pequenos lugares do litoral sendo descobertos pelos viajantes e mostrando as marcas da presença recente de turistas. Enfim é o progresso…
Temos mais semelhanças do que diferenças, nos sentimos em casa ao dar a volta na banda oriental ou na cisplatina, hoje Uruguay.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Casapueblo -– Punta del este


Pena que não tenhamos avistado a Dom Carlos Páez Vilaró, nem sequer para um aceno a distância. Mas, de qualquer modo, muchas gracias por nos receber em meio a instalação dos seus sonhos: a casapueblo construída na Punta Ballena, encima do morro, voltada para as praias do Rio da Prata e para o poente onde todos os dias o céu se colore de vermelho e dá-se a apoteose do astro rei a se mostrar como uma imensa bola de fogo.
Não é nada trivial um museu de arte aonde ainda vive seu autor, que este ano completará oitenta e cinco anos em plena atividade de produção artística; podem ser vistas várias telas datadas e assinadas de 2008.
Quando se adentra a casa-museu, vai se descobrindo um ambiente diferenciado, o do mundo das artes plásticas do começo do século vinte. Quem terá sido o arquiteto desta obra, talvez transplantada de alguma ilha grega? Por acaso Gaudi esteve por essas bandas? ou terá sido Picasso o inspirador do artista? E mestre Dali também terá dado palpites?
De concreto, uma construção chocantemente bela na qual se fica boquiaberto a admirá-la.
Estamos na casa de um grande artista, talvez um dos últimos de sua geração, que a divide com os outros através de um museu e de um hotel, construídos dentro do mesmo conjunto arquitetônico.
Sua obra construída por suas próprias mãos e de alguns amigos pescadores, inspirada na forma dos fornos de assar pães. Há nela uma infinidade de detalhes que se descobrem aos poucos em todos os cantos a que se dirija o olhar.
Há também duas salas, aonde estão expostos diversos quadros do autor em diferentes épocas de sua criação. Perguntado se estavam a venda foi-nos dito singelamente que sim, em média por cinqüenta mil dólares cada, portanto duas salitas com mais de um milhão de dólares nas paredes e sem qualquer segurança aparente.
A casapueblo em muito aumenta o charme da famosa punta del leste no Uruguay, que desde criança ouvíamos falar: como um lugar de luxo, com cassinos e espetáculos de artistas famosos.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Montevideo


Cidades que já tiveram seus momentos de glória, após passarem por períodos prolongados de crises políticas e econômicas, com ou sem guerras, apresentam cicatrizes e mostram as marcas do apogeu e do declínio. Os prédios construídos nos bons tempos que embelezavam suas ruas e praças mostram-se decadentes, caindo aos pedaços. O centro histórico que fora orgulho da cidade fica deserto nos fins de semana a abrigar miseráveis e mendigos a pedir esmolas a turistas e eventuais passantes. Muitas cidades do mundo conviveram e convivem com esta difícil realidade.
Porém, o tempo não para, as famílias passam a vender o que possuíam, a leiloar seus bens, suas obras de arte e até objetos pessoais, como fotografias e correspondências antigas. Passam a vender de tudo para tentar escapar a miséria. É o que encontramos nos antiquários, nos mercados das pulgas, nos brechós, nos alfarrabistas, nos sebos, a venderem todo tipo de objeto que significavam valor no passado e por diversos caminhos chegaram as ruas como a sinalizar que novos tempos virão, que é necessário restaurar as diversas construções antigas, dar-lhes novos usos.
Os bares, os restaurantes, as mesas nas ruas, os músicos, as festas populares, os vendedores de bugigangas, os turistas com suas inúmeras câmeras fotográficas a fazer perguntas singelas sobre tudo o que vêem aparecem em todas as cidades e através da vida noturna os centros ganham nova vida. Ou seja: a solução do problemas das grandes cidades está no lazer e na boemia.
O que isso tem a ver com Montevidéu? Tudo.
É uma daquelas cidades que quanto mais você caminha por ela mais detalhes dela lhe são revelados. Uma cidade com tradição e vida próprias, com orgulho de si mesma.
Ao mesmo tempo moderna com belos parques e bairros, com um centro comercial agitado, ao mesmo tempo antiga, com seus edifícios históricos, seus cantos e encantos, e com livrarias que são um misto de biblioteca e lugar de leitura, onde se pode comprar livros. Há alguns volumes que se pensa perguntar se estão a venda ou são apenas para consulta.
Alem disso o Carnaval em Montevidéu dura quarenta dias a partir do final de janeiro, com muita murga (música satírica apresentada por grupos fantasiados) e candombe (batuques afro-uruguaios que percorrem as ruas) e, se não bastasse, eles querem para si a gloria de terem sido os inventores do tango.
“Volte sempre” faz sentido quando se refere a Montevidéu, pois fica no viajante aquela vontade de continuar a caminhar por suas ruas, pelo porto, pela rambla a beira rio, e se gostares de mate, senta e toma que não estarás sozinho.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Lá pelo fim do mundo


Vários cantos do planeta já se apresentaram como o lugar onde Judas perdeu suas botas. Finis Terrae, Finlândia, Cú do Mundo, e outros… Em diferentes épocas e lugares, alguns, por desconhecimento ou deboche outros em busca de charme perseguem o status de fim do mundo em um planeta desde algum tempo considerado esférico.
Ushuaia é uma cidade portuária situada as margens do Canal de Beagle, no extremo sul da América Latina, que ostenta com orgulho o título de “fim do mundo” por ser a última antes do continente antártico (embora haja uma vila no outro do canal pertencente ao Chile que está um pouco mais a sul chamada de Porto Willians). Isto não interessa a eles. A cidade do fim do mundo é Ushuaia, em território argentino e estamos conversados.
Ela tem motivos para ter orgulho de si, pois fica numa pequena baía circundada por montes nevados, ponta sul das Cordilheiras dos Andes, com muita beleza natural. No verão faz calor e o tempo muda a todo momento e no inverno se cobre de neve transformando-se em estação para esportes de frio.
Nos últimos trinta anos, sua população passou de cinco mil para setenta mil habitantes e hoje apresenta muito movimento que vai alem do turismo, que por sinal atrai pessoas de todos os cantos do globo.
Ushuaia é legal no verão, mas deve ser muito mais bonita coberta de neve.
O que de certo podemos atestar é que nesta época de globalização o comércio e suas grifes já chegaram ao fim do mundo com eletrônicos e perfumes e que o aeroporto de lá recebe jatos de todos os tamanhos e está se tornando escala para vôos sobre o pólo sul para a Austrália e Nova Zelândia. Pelo jeito o fim do mundo da ficando cada vez mais perto.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Torres del Paine


Quem gosta de viajar por estradas de terra cheia de pedregulhos, com muitas curvas, subidas e descidas, passando em meio a fazendas e tendo que tomar cuidado para não atropelar animais silvestres, pode experimentar alugar um carro em El Calafate na Argentina, atravessar a Cordilheira em Cerro Castillo e visitar no Chile o Parque Nacional de Torres del Paine.
O forte da região é sua beleza natural: montanhas com picos nevados e enormes formações de pedra cuja forma se assemelham a torres e que apresentam varias faixas de cores a mostrar sua estrutura de formação geológica. Uma imagem natural que enche os olhos. Neste ambiente natural os programas concentram-se em caminhadas por diversas trilhas para buscar as melhores vistas das próprias “torres” e também dos lagos cujas águas refletem inúmeras cores deslumbrantes, alem da graça de suas pequenas cachoeiras. Uma câmera fotográfica é um instrumento indispensável nestes passeios.
Não recomendamos o que fizemos: alugar um carro pequeno (corsa) e viajar pelas estradas de lá, todas bem feitas, porem com muita pedra e desníveis fazendo o auto bater a todo momento no chão. Para viajar por ali é necessário um auto mais alto, tipo turismo rural, pois as distâncias para realizar os passeios e excursões são de trinta a quarenta quilômetros dentro da reserva natural.
Como não permitem a construção de postos de gasolina dentro da área o jeito foi se virar no mercado paralelo (informado pelo pessoal da administração) e pagar três vezes o preço do praticado na Argentina. Visitar Torres del Paine guarda mais emoções do que as reveladas por sua beleza natural.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

PATAGONIA ARGENTINA ( EL CALAFATE )


Se quer conhecer a Argentina na parte abaixo de Bariloche prepare-se para viajar muito. Vai encontrar muitas surpresas agradáveis. El Calafate é uma cidade plantada em pleno deserto patagônico, um projeto pensado para ser a base de apoio turístico para quem deseja conhecer lagos e geleiras: as maravilhas da região, que são muitas.
Para ir até lá é necessário, a partir de Buenos Aires, percorrer três mil quilômetros de estradas ou de avião. A cidade situa-se ao lado de um lago (Lago Argentino) que no verão tem uma cor que transita entre verde e azul turquesa, de onde se avista, ao longe, as Cordilheiras dos Andes com alguns picos nevados. É uma cidade de aproximadamente dez mil habitantes, bastante animada, com diversos e bons restaurantes, muitos hotéis modernos e um comercio variado, o que inclui até um cassino novo.
Fica no departamento de Santa Cruz que é a área onde a presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, tem base política, casa e familiares; o que talvez explique a qualidade das estradas próximas, de um asfalto impecable a rasgar o deserto. Dirige-se por estas rutas como se estivéssemos sós e de repente surgem diante dos nossos olhos ou cruzando a pista, diversos bichos ainda em ambiente livre ou em enormes fazendas que margeiam as vias: nhandus, lebres, guanacos, ovelhas, raposas, caranchos e gaviões. Ocorre também, de vez em quando, sermos ultrapassados por herdeiros de Juan Manuel Fangio em suas maquinas voadoras. Como os argentinos gostam de correr, né?!
De El Calafate parte-se de carro ou em ônibus para realizar magníficos passeios. Este nos levam até os portos onde tomam-se barcos (grandes catamarãs) que navegam tranqüilos pelos lagos a passear em meio a pequenos e grandes icebergs que recentemente se desprenderam de alguma geleira próxima. Navegam pelos lagos ate as áreas onde estão as grandes formações de gelo. A visão destes enormes glaciares - blocos de gelo que vão se formando ao longo dos anos pelo acumulo e compactação de neves e que tomam as mais variadas formas – é realmente deslumbrante. Caminhar sobre eles é uma bela experiência. Em um dia de Sol aberto, do alto do convés de um barco, sente-se o ar frio a bater no rosto que se espanta com a beleza exuberante da natureza e seus vários azuis refletidos nos gelos.
El Calafate é coisa séria que combina conforto e natureza para passeios de barco, caminhadas a pé ou a cavalo.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Pato a Porteña


A travessia tranqüila do Rio da Prata no super confortável catamarã da empresa “buquebus” reserva aos passageiros boas surpresas, desde a partida da pequena Colônia do Sacramento, com a vista do seu casario colonial, até a exuberante imagem da chegada a Buenos Aires.
A capital da Argentina mostra-se majestosa em seus inumeráveis edifícios modernos ao longo do Puerto Madero. O desenho é de uma grande metrópole que convida quem chega a caminhar por alguma coisa que deve ser grandiosa e merece ser conhecida.
Ao descermos no porto encontramos um sistema que se assemelha ao de um aeroporto, o barco se aproximando de um píer com finger permitindo aos viajantes chegar facilmente a área aonde as bagagens são entregues através de esteiras rolantes; em poucos minutos estávamos na rua. Aí o de sempre, ou seja, a abordagem para oferecimento de táxis. Como somos experientes recusamos e nos dirigimos ao ponto em frente ao terminal, tudo conforme o figurino, um carro mais ou menos meia boca, mas pelo menos com ar condicionado ligado. Rapidamente levou-nos ao hotel mesmo tendo de passar por um congestionamento de caminhões. Sem problema não reclamou da nota de cinqüenta pesos com que pagamos a corrida.
Fomos logo almoçar pois a fome começava já a apertar o estomago. Não chegava a ser uma comida a altura da tradição do país mas quebrou o galho.
Ao sairmos do restaurante lembrei-me que precisava passar numa farmácia para comprar rinosoro, sabe como é mania né Zé.
Ao pagar a conta com uma cédula de vinte pesos a caixa me disse: - –É falsa.
-Como?
-É falsa.
Caiu a ficha: a nota que o taxista deu-nos de troco era falsa.
Beleza, o cara pensa que tá ligado e acabou experimetando um belo pato a moda argentina…

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Colonia


Uma pequena cidade ao sul do Uruguai tem muita historia para contar. A começar por sua fundação ter sido realizada a mando da Coroa Portuguesa pelo governador do Rio de Janeiro Dom Manuel Lobo. A estratégia dos portugueses era controlar o acesso ao continente sul-americano pelo Rio da Prata. De um lado do rio os espanhóis em Buenos Aires, do outro lado os portugueses em Colônia do Santíssimo Sacramento. Assim a pequena vila fortificada esteve sempre “ensanduichada” entre o Império Espanhol e o Império Português. Nesta época rolava contrabando de escravos, prata, couro e tudo o mais. E a política das metrópoles tentava controlar o comercio e extrair impostos.
Durante o período colonial a vila, por vários períodos, esteve em mãos de espanhóis e depois retornava as mãos dos portugueses, área de permanente conflito entre os impérios. Suas historias assim sendo são de lutas, naufrágios, ataques e defesas. O seu povoamento se dá a partir dos “brasileiros” e de posteriores migrações forçadas: colonos açorianos, escravos negros, e judeus “convertidos” em “cristãos-novos”, alem naturalmente de indígenas.
Para nós, é inevitável a comparação com Paraty, pelo estilo arquitetônico, o desenho da vila, o traçado das ruas e sua forma de calçamento. A diferença é que ao estilo português se mistura o espanhol, `as casas de pedra se juntam as de tijolos. Este fato se deve a que a vila ora ficava sob domínio de um império ora do outro; ora Avis, ora Castela.
Patrimônio Histórico Cultural da Humanidade da UNESCO desde 1995, fundada em 1680 com o nome de Colônia do Santíssimo Sacramento, a cidade de Colônia é cheia de graça e charme. Ao anoitecer começa-se a ouvir o batuque do Candombe tocado pelas ruas, ao modo de um pequeno bloco de carnaval que passeia pelas ruelas da cidade histórica. O ritmo do candombe é originário dos escravos africanos e sua batida ritmada combina com esses dias que antecedem o carnaval.
Devido a proximidade com Buenos Aires, apenas uma hora de barco, o Buquebus traz todos os dias muitas pessoas para passear por estas bandas. Também vem muitos turistas de Punta del Leste e Montevideo passar apenas o dia em Colônia.
Desta maneira o ritmo da vila é quase baiano: de manhã as coisas abrem as dez e meia, horário do primeiro barco que chega; da uma as três é a hora da “siesta” e depois trabalha-se até as seis porque ninguém é de ferro. O resto é para beber e relaxar…

sábado, 26 de janeiro de 2008

Ribeirão da Ilha


Uma das coisas boas que por vezes nos acontecem durante as viagens é quando de repente uma agradável surpresa ocorre. Pois foi o que nos reservou Florianópolis nesta segunda-feira de dia encoberto parecendo esperar pela entrada do vento sul: a descoberta de um recanto.
Fomos ao sul da ilha e ao chegar uma placa avisava, FREGUESIA DE RIBEIRAO DA ILHA, e já por sua linguagem nos revelava tratar-se de um recanto remontado a influencia lusitana, mais precisamente, açoriana.
Que encanto de lugar! Sentimos que estávamos a viajar pelo tempo passado ao percorremos uma rua toda de pequenas casas térreas, pintadas de cores vivas, com janelões emoldurados por pedras ou relevos e com grandes portas. Como convinha a época colonial, uma igreja voltada para o mar foi construída sobre um pequeno outeiro. Diante dela uma praça onde ainda hoje, se pode ler na parede de uma casa: 1806, portanto as vésperas da vinda família real para o Brasil Colônia.
O recanto nos sugere uma idéia de como aquela gente, em sua maioria agricultores e pescadores, teria ocupado a Ilha de Santa Catarina, nos fazendo imaginar como seria Floripa antes da enorme expansão imobiliária atual.
Neste lugar de enorme charme pode-se também saborear ostras e mariscos cultivados ali mesmo, alguns pelos próprios donos dos restaurantes, como o do restaurante Freguesia das Ostras, cuja sala simples nos oferece de ambiente a vista do mar e do continente.
No sul da ilha de Florianópolis ha um recanto cheio de encanto enquanto ainda ha de quem dele cuide.