terça-feira, 11 de setembro de 2012

MOSCAS NO DESERTO

Até agora não vimos uma gota de chuva. Tudo, tudo muito árido. Porém, moscas sim, estas sempre a nos acompanhar, a importunar. Não tenho explicação, talvez, os dromedários e camelos possam dizer alguma coisa. Olha não se assustem, afinal não são tantas assim, apenas algumas muito chatas.

O interior da Jordânia tem a mostrar Petra, que realmente é muito bonita, pois além de seu significado histórico, apresenta um ambiente natural, onde o vento e as chuvas esculpiram as formas mais diversas e de modo exuberante, permitindo ao visitante boquiaberto viagens pela imaginação. Petra é um sítio arqueológico que abrigou os Nabateos, cujos túmulos grandiosos compõem com o cenário natural uma das principais atrações turísticas da Região e que atrai milhares de pessoas todos os anos.

Um passeio ao mar Morto, com seus spas e balneários para aproveitar a fama curativa de suas águas e terras é programa quase obrigatório a quem viaja para cá. O mar Morto deveria se chamar mar Salmoura devido à quantidade absurda de concentração de sal em suas águas. Efetivamente é impossível afundar nelas, apenas boia-se. Marquei bobeira e mergulhei. Saí cego das águas, com os olhos ardendo e gosto amargo na boca: desesperante! O mar é morto porque não há seres vivos nele, nem bacalhau.

Chama muita atenção a quem visita a Jordânia atual o ritmo das construções que se espalham por todo o país: estradas, viadutos, casas e edifícios: é um país em obras. Foi-nos dito que há atualmente um enorme movimento de capitais voltados aos empreendimentos imobiliários e a decorrente especulação nos preços de casas e apartamentos. Há uma enorme mudança na paisagem arquitetônica das cidades, em particular na capital Amã: uma cidade de aspecto ocidental, dito moderno. A presença de mesquitas por todos os cantos e a maneira de vestir da mulher mulçumana, com seus lenços a cobrir as cabeças e seus longos vestidos pretos, é que nos faz sentir no Oriente Médio, de predominante tradição árabe.

Antes de viajar ouvimos muitos comentários de que só pirados viajam para cá. Em estando aqui, o dia à dia das cidades é muito calmo e pode-se passear em segurança, até porque os tanques e militares armados que não apresentam expressão tensa fazem a proteção das estradas e ruas das cidades.

É um povo cordial que tem uma culinária especial e que sabem muito bem a arte de cozinhar: deviam exportar “chefs” para todos os cantos.

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