domingo, 30 de setembro de 2007

Chegada a Londres

Vamos andar na chuva.

Após duas semanas entre Lisboa e as ilhas de São Miguel, nos Açores, e a da Madeira, onde reinou o sol, com dias agradáveis de céu azul e Lua virando cheia, vamos iniciar uma nova etapa da viagem, agora por Londres.

É o outono começando a mostrar as ruas cobertas de folhas secas molhadas, um início frio, com chuva. Antes de sair da casa quentinha dá-lhe vestir um monte de roupa para enfrentar a rua de guarda-chuvas em punho. Quando se entra em uma estação do Metro já se vê o pessoal tirando os casacos em plena caminhada apressada para poder resistir a sauna que lhes espera dentro dos vagões sem ar condicionado (este um luxo encontrado apenas no Metro do Rio de Janeiro). Sorry...

Dentro dos bares, restaurantes e na maioria dos lugares fechados a primeira coisa que dá vontade de fazer, ao se entrar, é ir retirando as camadas de roupa colocadas para enfrentar o frio absurdo de dez graus que está fazendo lá fora. Dez graus com chuva e vento não é mole não. Ainda bem que não está ventando muito forte, como eles dizem por aqui. Imagina se estivesse.

Daqui uns dias iremos à Irlanda e parece que é lá onde poderemos usufruir a experiência formidável de passear no meio da chuva, da brisa cortante e do frio. São os prazeres que nos esperam, além, é claro, das famosas cervejas locais. Depois a gente conta.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Açores e Madeira


As posições geográficas do arquipélago dos Açores e da Ilha da Madeira são consideradas estratégicas. Durante a segunda guerra mundial as ilhas foram utilizadas pelas tropas aliadas como importante base de apoio logístico. Tanto do ponto de vista militar como para transportes marítimos de longas distâncias, desde a época das grandes navegações, estas ilhas foram usadas como lugar para paradas de reabastecimento.
Recentemente (últimos dez a quinze anos), por serem territórios pertencentes à União Européia, receberam muitos investimentos, dirigidos principalmente a infra-estrutura turística. Assim, como em Portugal continental, nas ilhas lusitanas viaja-se por estradas amplas, novas e bem desenhadas e por estradas antigas, secundárias, mas com manutenção impecável. Nestes passeios pode-se observar por todo canto telhados novos a indicar um vasto crescimento do setor de construções de casas, apartamentos e também edifícios comerciais, resultado de anos seguidos de financiamento a juros baixos. Tudo muito arrumado.
Na Ilha da Madeira a paisagem é muito diferente da dos Açores. Enquanto na ilha de São Miguel as ondulações do solo são mais suaves, com lindos lagos nas crateras vulcânicas, na Madeira as estradas ladeiam enormes penhascos debruçados sobre o mar. Não há praias, apenas encontro do mar com paredões e pedras. A densidade de população é alta, fileiras de casas sobem os morros, bem ordenadas, de modo muito diferente do que é feito nas favelas cariocas. Não parece haver casas para ricos e casas para pobres por estas bandas, as diferenças são somente as usuais, de tamanho digamos. Pelo interior, impressiona ao visitante observar a construção nas encostas, de terraços para a atividade agrícola construídos com muros de arrimo em pedra. Cada pedacinho de terra está cultivado com legumes e verduras, banana e parreiras . Quanto trabalho realizado por várias gerações!
A Ilha da Madeira, ao contrário dos Açores cujo ambiente é de simplicidade e sossego, tem mais de quinze hotéis cinco estrelas e um grande Cassino, sendo bastante agitada e rica. A área atrai muitos turistas de todo o mundo, mas principalmente da Alemanha e Inglaterra.
Pois é pá. Foi desta parte que emigraram diversas pessoas para ajudar a formar cidades como Floripa e Portinho. As garbosas famílias açorianas. Gente do mar e da terra.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

O Bonde 28E


Se queres ir aos Prazeres tens que tomar o elétrico 28E. O ponto final da linha, a paragem final, fica diante do Cemitério que leva o mesmo nome: Cemitério dos Prazeres. Contam que durante a noite, ao som de muito fado e rock and roll, rolam grandes festas de almas penadas. Só não se sabe se serão festas infernais ou celestiais. Ao dizer da Prefeitura Municipal de Lisboa o sítio é um lugar muito romântico. Quem vem a Lisboa não pode deixar de ir aos Prazeres, pois a viagem é muito gira.
Parecido com o bondinho de Santa Teresa no Rio de Janeiro, mas sem estribos, fechado e com amplas janelas, é famoso por seu percurso turístico. Embora sirva à população local, com esta misturam-se os visitantes e assim sendo, ouvem-se nele falar vários idiomas. A viagem começa no Rossio, na Baixa, sobe o morro em direção ao Chiado, e segue ao Bairro Alto por ruas tipicamente lisboetas com sua arquitetura de sobrados azulejados cheios de balcões com grades trabalhadas em ferro a enfeitá-los; passa-se pela Praça Luís de Camões, pelo Palácio de São Bento, onde fica a Assembléia Nacional e logo a seguir por um amplo jardim que tem defronte a Basílica da Estrela. Só ao final do percurso, como na vida, chega-se ao cemitério.
Se queres os prazeres da mesa então venha a Portugal. Ai Jesus! Como se come nesta terra! Aliás, se come e se bebe, pois todos aqui parecem mestres na arte da gastronomia e da enologia. Já comeste coelho assado com açorda, acompanhado por um bom vinho? Então coma e beba.
Por falar em pratos, a moda atual por aqui é: patriscas de bacalhau com risoto de gambas (camarões). As patriscas são feitas de uma massa parecida com a do bolinho de bacalhau, mas apresentadas em formato diferente, como as de um pequeno disco.
E os doces então, nem me fales….

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

De volta a Lisboa


A partir de sexta-feira próxima, dia 14 de setembro, retornamos às nossas crônicas de viagem.
O roteiro prevê: Lisboa, Açores, Ilha da Madeira, Londres, Belfast, Dublin e Pais de Gales.
Ao fazermos as malas colocamos junto um punhado de expectativas, de boas intenções, de vontade de conhecer lugares históricos e gentes atuais, experimentar pratos, beber vinhos e na Irlanda darnos a oportunidade de testar algumas cervejas. Quem sabe ouvir um pouco de música, assistir algum concerto, olhar paisagens, enfim vagar, vagabundear pelas paragens e paisagens das ilhas e do continente.

De volta a Lisboa

A partir de sexta-feira próxima, dia 14 de setembro, retornamos às nossas crônicas de viagem.
O roteiro prevê: Lisboa, Açores, Ilha da Madeira, Londres, Belfast, Dublin e Pais de Gales.
Ao fazermos as malas colocamos junto um punhado de expectativas, de boas intenções, de vontade de conhecer lugares históricos e gentes atuais, experimentar pratos, beber vinhos e na Irlanda darnos a oportunidade de testar algumas cervejas. Quem sabe ouvir um pouco de música, assistir algum concerto, olhar paisagens, enfim vagar, vagabundear pelas paragens e paisagens das ilhas e do continente.