sexta-feira, 26 de maio de 2006

Dresden

Dresden

Saímos de Praga, capital da Boêmia, e chegamos a Dresden, na região da Saxônia, que até pouco tempo atrás fazia parte da chamada Alemanha Oriental. A cidade foi uma das mais atingidas pelos bombardeios aliados ao final da Segunda Grande Guerra Mundial. Ainda hoje as obras de restauração e reconstrução estão por todo lugar. Os habitantes mais velhos, em sua maioria, são pessoas rechonchudas e meio secas no tratamento, normalmente não falam uma palavra em qualquer outra língua, muito menos inglês. Também não é para menos, estas cidades alemãs passaram por várias duras durante mais de um século, vivendo muitas necessidades, ilusões e decepções. A população mais jovem percebe-se que já está em outra, olhando mais para o futuro, mais inserida no mundo globalizado e se dedicando ao trabalho. Há inclusive uma nova instalação – vertical - da Wolkswagen em um edifício cujas paredes são de vidro, localizada próxima ao centro, que surpreende por sua aparência não convencional. Uma curiosidade: em Dresden foi inventado o leite condensado e até hoje há a leiteria, toda decorada em azulejos, onde funciona um café e restaurante que serve, obviamente, leite condensado e outros drinks, como por exemplo cerveja.
Dresden tem em sua área central histórica várias construções de respeito, algumas totalmente reconstruídas, como a Igreja Frauenkirche, que depois de pegar fogo implodiu e foi reconstruída seguindo os detalhes do projeto inicial. O maior destaque é o palácio Albertinum que hoje abriga um museu que reúne uma das melhores coleções de pintura dos séculos XVI ao XIX, que se constitui em importante referência cultural e que atrai muita gente para visitá-la, principalmente da própria Alemanha

Cortada pelo rio Elba, a cidade tem um aspecto singelo e bonito. Quer se passeie de barco ou a pé, vive-se num ambiente onde a nossa mente viaja se perguntando: como que lugares tão atormentados por períodos históricos tão conturbados, apresentam tal capacidade de reconstrução e de criação de uma nova ambiência humana de trabalho e convivência?

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