quarta-feira, 26 de abril de 2006

Luzern


No domingo de Páscoa acordamos cedo, pegamos o carro rumo a Luzern. Resolvemos tomar o café da manhã em Geneve. Como era de se esperar num domingo pela manhã, a cidade dormia, estava vazia, toda a gente em suas casas. Por um momento pensamos que iríamos ficar em jejum. Mas anda pra cá, anda pra lá, surge a nossa frente um belo Café e com vaga próxima para estacionar, foi a glória. Depois de comermos descemos em direção ao lago para fazer o nosso Cooper e apreciar mais uma vez, de outro ângulo, os famosos Alpes nevados. 
Seguimos para Luzern. Como era domingo de Páscoa e estávamos na Suiça, terra que tem fama de bom chocolate, logo que chegamos à cidade tratamos de conferir. Não decepcionou, pelo contrário, é ótimo. Mais uma cidade que se situa junto a um lago, Luzern ou Lucerna, porém, é muito maior, mais imponente e agitada que Annecy. O seu centro histórico fica na margem do rio Reuss. Com uma boa dose de sorte, chegamos ao nosso hotel, como se já conhecêssemos a cidade de longa data. O idioma dominante é o alemão, muito interressante! Começamos a etapa de nossa viagem, onde por necessidade e não boniteza, vira-se poliglota e mímico, junta-se tudo o que já se aprendeu um dia para se comunicar, ao fim dá tudo certo, ou quase tudo. Passa-se a comer muita batata e escolher pratos sorteando com o com o dedo. Encontramos um garçon italiano que se fez de desentendido quando pedi água tornerale; só pode ser porque a companhia de águas daqui não é muito boa.
Logo, fomos atraídos por um programa de ida a uma estação de esqui. Pegamos um trem até Engelberg e de lá três teleféricos até Titlis, 3020 m. de altura. Só neve! Temperatura –1°. É como mergulhar dentro de um cartão postal, comentou Lena. Uma aventura e tanto, subir acompanhados de esquiadores de todas as idades, e lá de cima ver o pessoal deslizando pelas trilhas, vendo as montanhas nevadas cada vez mais próximas de nós. A vontade é de fotografar sem parar. Fazer bonecos de neve. Sentir-se criança. Gozar com a deslumbrante vista.
A curiosidade da viagem ficou por conta de uma portuguesa que trabalhava no restaurante em que comemos no alto da montanha, que cuidou de nós e orientou-nos na escolha dos pratos e vinho. É quando se viaja que os anjos da guarda aparecem, e pelo jeito eles entendem de comida e bebida. Salvos pelos anjos.

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