sábado, 13 de maio de 2006

Viena


A capital da Áustria é uma deslumbrante cidade, onde tudo parece impecável, dela se diz que até o papel higiênico corta no picotado; piadas à parte, é de ficar boquiaberto, cada prédio, edifício, monumento, jardim, merece parar para se ver, admirar, dando vontade de sair fotografando tudo. O ar que se respira é o ar da cultura, do impecável em todo canto, das inúmeras opções que as grandes capitais têm a oferecer.
Fomos assistir a uma apresentação dos meninos cantores de Viena, coral que já conta com quase 500 anos de tradição, saímos enternecidos com a qualidade do espetáculo por eles apresentado. As comemorações dos 250 anos de nascimento de Mozart estão a pleno vapor e há uma super oferta de concertos e óperas. Comemora-se também este ano os 150 anos de nascimento de Sigmund Freud, e ir à casa, onde ele viveu e trabalhou durante mais de quarenta anos, é uma emoção. Há pouca coisa no lugar, hoje transformado em museu, pois Freud teve que se refugiar em Londres durante a segunda guerra, onde acabou por morrer. Mas, simplesmente visitar o museu e assistir a um professor local, mostrando e ensinando seus alunos, no espaço que abrigou um dos intelectuais que mais marcou as mentes do século passado, fez-nos sentir a força do pensador a influenciar as gerações que seguiram a dele.
As avenidas são largas e o sistema integrado de transportes funciona às mil maravilhas. O sistema inclui bondes silenciosos e velozes, metrô e ônibus e permite que se circule com um único bilhete por todo lado e rapidamente se domina a circulação pela cidade. A construção dos edifícios respeita um gabarito de cinco andares, o que confere uma enorme harmonia à paisagem urbana. O padrão das cidades européias, em suas áreas mais antigas, busca preservar a beleza da arquitetura de seus prédios, em grande parte construídos ou reformados, entre o século XIX e início do XX, período em que se valoriza o desenho dos edifícios e seus ornamentos e decorações. Dá vontade de parar horas na frente destas construções para curtir seus detalhes.
Gostaria também de dissertar sobre o desenho dos vasos vienenses, não aqueles com maravilhosas flores, nem os dos monumentos majestosos, mas aqueles dos recolhimentos íntimos. Deixa para outra vez. 

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