quarta-feira, 1 de maio de 2013

DE REGRESSO À LISBOA


Oh! Porto de partida de navegações que, sempre a todos acolhes, tens tanta história a contar nas tuas calçadas atapetadas de pequenas pedras. Os visitantes que por elas caminham mostram sorrisos de alegria e se divertem a comentar-te em todos os idiomas, transformaste-te em uma cidade turística que aos portugueses não mais pertence, como tantas outros lugares por este mundo afora.

Em meio a tanta alegria sinto-te triste, mais que melancólica como sempre fostes. Sinto-te acabrunhada, pessimista, sem fé no futuro. Falas da crise, da crueldade dos financistas que cortam teus salários e proventos, do desemprego que angustia os jovens e aqueles que olham para o além do hoje.

Não permitas que o desrespeito e a violência tomem conta de tuas ruas e travessas. É preciso que repitas a todos os patrícios e forasteiros: caminhem tranquilos pelo Rossio a qualquer hora, porque estão em Portugal, estão em Lisboa e aqui as pessoas se respeitam.

 Oh! Lisboa de encantos tamanhos és maior que a crise que andam a falar por aí. Saberás içar as velas e partir a descobrir novos caminhos. Afinal és porto de grandes navegações e descobertas.

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