domingo, 7 de outubro de 2007

Belfast


Muitas pessoas ouviram falar a primeira vez em Belfast quando assistiam à televisão em suas casas, no jornal das oito, e viram cenas de batalhas de rua, gente ferida sangrando e o locutor dizer que as imagens eram de lutas entre católicos e protestantes na Irlanda do Norte; e mais, que havia uma organização católica autodenominada Exército Republicano Irlandês – IRA, que estaria por realizar atentados à bomba em Londres. Passavam a idéia de uma cidade muito violenta habitada por fanáticos religiosos, dispostos a tudo.
Tempos depois, assistiram a um filme chamado: “Em nome do pai” e puderam ver, entre muitas outras coisas, imagens de um bairro da cidade, com cenas de perseguição policial e solidariedade entre vizinhos. Viram-na sob o ângulo de uma fuga através de telhados, ruas e becos. Uma cidade cheia de confusões…
O visitante ocasional, por definição um ingênuo, coleciona impressões, observações ligeiras, olhares sobre os edifícios, frases soltas… Sempre com tendência a generalizar. Mas, no caso, ao caminhar pela cidade de Belfast, não custa evitar passar por perto das igrejas, porque afinal nunca se sabe o que eles estarão pensando agora, não é?
Hoje, após o acordo de paz, celebrado em1998, os turistas são convidados a fazer um giro pela cidade e contemplar uma série de murais, painéis expressivos que relembram a dor deste período recente e informados que tais desentendimentos são antigos, remontam a 1600. São também convidados a escrever mensagens em um muro que separava o setor católico do protestante. Estas pinturas constituem-se na principal atração desta cidade de cerca de 500 mil habitantes. É um lugar que hoje fatura com as cicatrizes de sua guerra civil.
No norte da Irlanda do Norte, em seu litoral, encontram-se formações em pedra chamadas de Giants Causeway. De encher os olhos. As enormes pedras em formatos geométricos parecem ter sido arrumadas por algum filhote de gigante detalhista,compulsivo, passando umas férias por aquelas bandas. Naturalmente, há muitas outras lendas para explicar o fenômeno, algumas delas místicas que afirmam que tais pedras têm poderes especiais. A explicação mais plausível contudo, no estilo Paulo Coelho, indica ter sido, a exemplo das imagens da Ilha de Páscoa, obra de seres extraterrestres de grande tamanho, nossos antepassados que por aqui viveram há milhões de anos; ao contrario dos céticos que acreditam ser resultado de erupções vulcânicas .
 

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