terça-feira, 18 de setembro de 2007

O Bonde 28E


Se queres ir aos Prazeres tens que tomar o elétrico 28E. O ponto final da linha, a paragem final, fica diante do Cemitério que leva o mesmo nome: Cemitério dos Prazeres. Contam que durante a noite, ao som de muito fado e rock and roll, rolam grandes festas de almas penadas. Só não se sabe se serão festas infernais ou celestiais. Ao dizer da Prefeitura Municipal de Lisboa o sítio é um lugar muito romântico. Quem vem a Lisboa não pode deixar de ir aos Prazeres, pois a viagem é muito gira.
Parecido com o bondinho de Santa Teresa no Rio de Janeiro, mas sem estribos, fechado e com amplas janelas, é famoso por seu percurso turístico. Embora sirva à população local, com esta misturam-se os visitantes e assim sendo, ouvem-se nele falar vários idiomas. A viagem começa no Rossio, na Baixa, sobe o morro em direção ao Chiado, e segue ao Bairro Alto por ruas tipicamente lisboetas com sua arquitetura de sobrados azulejados cheios de balcões com grades trabalhadas em ferro a enfeitá-los; passa-se pela Praça Luís de Camões, pelo Palácio de São Bento, onde fica a Assembléia Nacional e logo a seguir por um amplo jardim que tem defronte a Basílica da Estrela. Só ao final do percurso, como na vida, chega-se ao cemitério.
Se queres os prazeres da mesa então venha a Portugal. Ai Jesus! Como se come nesta terra! Aliás, se come e se bebe, pois todos aqui parecem mestres na arte da gastronomia e da enologia. Já comeste coelho assado com açorda, acompanhado por um bom vinho? Então coma e beba.
Por falar em pratos, a moda atual por aqui é: patriscas de bacalhau com risoto de gambas (camarões). As patriscas são feitas de uma massa parecida com a do bolinho de bacalhau, mas apresentadas em formato diferente, como as de um pequeno disco.
E os doces então, nem me fales….

Nenhum comentário:

Postar um comentário