Dresden
Saímos
de Praga, capital da Boêmia, e chegamos a Dresden, na região da Saxônia, que
até pouco tempo atrás fazia parte da chamada Alemanha Oriental. A cidade foi
uma das mais atingidas pelos bombardeios aliados ao final da Segunda Grande
Guerra Mundial. Ainda hoje as obras de restauração e reconstrução estão por
todo lugar. Os habitantes mais velhos, em sua maioria, são pessoas rechonchudas
e meio secas no tratamento, normalmente não falam uma palavra em qualquer outra
língua, muito menos inglês. Também não é para menos, estas cidades alemãs
passaram por várias duras durante mais de um século, vivendo muitas
necessidades, ilusões e decepções. A população mais jovem percebe-se que já
está em outra, olhando mais para o futuro, mais inserida no mundo globalizado e
se dedicando ao trabalho. Há inclusive uma nova instalação – vertical - da
Wolkswagen em um edifício cujas paredes são de vidro, localizada próxima ao
centro, que surpreende por sua aparência não convencional. Uma curiosidade: em
Dresden foi inventado o leite condensado e até hoje há a leiteria, toda
decorada em azulejos, onde funciona um café e restaurante que serve,
obviamente, leite condensado e outros drinks, como por exemplo cerveja.
Dresden
tem em sua área central histórica várias construções de respeito, algumas
totalmente reconstruídas, como a Igreja Frauenkirche, que depois de pegar fogo
implodiu e foi reconstruída seguindo os detalhes do projeto inicial. O maior
destaque é o palácio Albertinum que hoje abriga um museu que reúne uma das melhores
coleções de pintura dos séculos XVI ao XIX, que se constitui em importante
referência cultural e que atrai muita gente para visitá-la, principalmente da
própria Alemanha
Cortada
pelo rio Elba, a cidade tem um aspecto singelo e bonito. Quer se passeie de
barco ou a pé, vive-se num ambiente onde a nossa mente viaja se perguntando:
como que lugares tão atormentados por períodos históricos tão conturbados,
apresentam tal capacidade de reconstrução e de criação de uma nova ambiência
humana de trabalho e convivência?
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