Mostrando postagens com marcador Cuba. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Cuba. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

OS CARROS EM CUBA MOSTRAM VÁRIOS MOMENTOS DA VIDA DO PAÍS

Aos aficionados por automóveis antigos, as cidades cubanas formam um verdadeiro museu vivo. Os carros circulam pelas vias como se estivéssemos em um cenário de filmes da era de ouro de Hollywood. Mas não é passado é presente. Passear em um carro rabo de peixe de duas cores conversível, de capota arreada, pelo Malecón (avenida à beira mar de Havana), nos transporta às telas dos sonhos caribenhos.

Mergulha-se em três épocas automobilísticas: a anterior à Revolução, com a predominância de veículos, Ford, Chevrolet, Plymouth e muitas outras marcas, vários de luxo. Uma segunda fase, a do período soviético, onde restam apenas os Ladas (como os do período Collor). Uma terceira fase, que é a atual, onde se vêem os carrões novos asiáticos e europeus: Hyundai, Kya, Audi e outros.

Na parte de transporte público é que temos mais surpresas, ao lado de um pequeno número de ônibus, os mais novos, sendo chineses, há charretes puxadas por cavalos, triciclos pedalados por homens, triciclos motorizados em carrocerias no formato de cocos. Vimos também, em Santiago de Cuba, muitos caminhões que fazem linhas regulares de transporte de passageiros, como aqueles utilizados no meio rural da cana de açúcar, mas para transporte de gente na cidade. É o que causa maior surpresa para nós: caminhões substituindo ônibus no transporte de passageiros.

No geral o sistema de transporte público não parece ser muito eficiente, mas observa-se o instituto da carona como algo praticado pela maioria dos cubanos que tem carros. Isto é agradável de ver. Os carros antigos mais detonados são também utilizados como lotações, e também utilitários como Rural Willys, e camionetes; os mais conservados são usados na indústria do turismo para aluguel e passeios.

Destacam-se também na paisagem do transporte, muitas motos novas e ônibus de turismo, estes bastante confortáveis, com ar condicionado e tudo mais. A infra-estrutura turística é comparável a de todos os lugares que já visitamos.

Enfim, os carros americanos glamurosos dos anos quarenta e cinqüenta compõem um pano de fundo da vida das cidades, pré e pós revolução; já a presença das marcas e modelos atuais sugerem sinais de mudança em curso. As carroças fazem lembrar o período colonial espanhol e os Ladas, fazem lembrar, deixa pra lá.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

CUBA – UM PAÍS SOCIALISTA – SOBRE O FIO DA NAVALHA


Para nós que viemos de um paraíso capitalista visitar a Ilha da revolução socialista chega a ser até engraçado observá-la para além dos lugares comuns a que estamos acostumados. Como um povo vive em meio a prédios caindo aos pedaços e ostenta sorrisos nos lábios? Como podem viver sem poder comprar automóveis bacanas e outros milhares de produtos de consumo? Numa sociedade sem classes, onde não há ricaços, como podem morar em meio às maravilhas arquitetônicas de antes da revolução (1959) e hoje em sua maioria mal conservadas (a menos que se tornem museus ou prédios de interesse público)? Como podem viver em segurança?
A sociedade cubana se orgulha de seu nível educacional e de saúde e hoje passado o período imediatamente posterior a queda do sistema soviético - quando sofreram inclusive fome e desabastecimento - se vêem forçados a adotar medidas de abertura a propriedade e aos negócios privados. Temem que estas pequenas aberturas acabem por destruir o socialismo e o sentimento revolucionário sucumba definitivamente aos apelos da ideologia individualista e do consumo.

Estão sobre o fio da navalha, como nos disse uma pessoa que conhecemos em Cuba, comprometida com os ideais socialistas e pessoalmente pessimista em relação às possibilidades de continuação da revolução cubana, conforme sua proposta original.


Respira-se um ambiente de mudança. Não se sabe se os cubanos conseguirão ser autores de seu próprio destino e escrever de forma original mais uma etapa de sua história. Se conseguirão fazer uma abertura econômica sem perder suas conquistas sociais e políticas.

domingo, 29 de janeiro de 2012

CUBA - QUE LO DESFRUTEM

Em praticamente todos os bares e restaurantes de Havana, quando alguém lhe serve algo para beber ou comer conclui com votos para desfrute do momento: seja um mojito (rum com hortelã amassada, sumo de limão, água com gás, angustura e gelo), uma cerveja Bucanero ou Cristal, ou ainda, qualquer coisa para comer.

La Habana é hoje uma cidade super turística, com muita gente de todos os cantos do mundo, onde se come bem e ouve-se boa música. As obras de restauração dos prédios iniciadas a partir de 1982, quando foi declarada como parte do Patrimônio Histórico da Humanidade, pela UNESCO, já mostra uma cidade cheia de charme, onde se sobressai um ambiente musical em todas as horas; pelo jeito os planejadores governamentais incluíram no padrão de todos os bares e restaurantes a exigência de música ao vivo. Cuba tem hoje muito mais que o Buena Vista Social Club, embora continuem faturando o sucesso do filme. Há muitos jovens, entre os quais várias mulheres, tocando instrumentos de orquestra nos quartetos que se apresentam em todos os lugares. É sem dúvida uma das cidades mais musicais da atualidade. A “Cidade Vieja” é um show permanente.
E a Havana caindo aos pedaços de que tanto falam? Continua por toda a parte, dá pena de ver, fachadas mal conservadas, vidros quebrados, um horror, parecidas com a cidade histórica de São Luiz do Maranhão, partes da Lapa e do bairro de Fátima no Rio de Janeiro, certas periferias. Uma tristeza.
A gente cubana é desestressada e cordial, que vive em ritmo quase baiano: a exceção de alguns simpáticos chatos que acham que podem abordar as pessoas para pedir umas moedas ou vender- “cubanos”, charutos autenticamente falsificados.
Porém, apesar de ser hoje uma cidade bastante turística, a utilização de cartões de crédito ainda é muito reduzida, a internet é prá lá de lenta e pouco disponível o que torna necessário que os visitantes tragam boa quantidade de moedas conversíveis, (o euro é a mais usada,pois há uma taxa extra para o dólar americano). Os Cartões de Débito não são utilizáveis por estas bandas. Saques, só no cartão de crédito VISA ou Mastecard.
Percebe-se logo ao chegar ao aeroporto de Havana que seus “fingers” não têm o costumeiro patrocínio do HSBC, o que desde logo indica alguma coisa. O melhor é grana viva, cujo câmbio é fácil de fazer e é tabelado.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

VIAGEM A CUBA – ROTEIRO

Depois de fuçar guias turísticos e vários sites na Internet, além de conversar com uns e outros que estiveram por lá, resolvemos numa primeira viagem privilegiar as duas principais cidades do país para nos aproximar de sua história, arquitetura, sua gente e sua música. As maiores cidades de Cuba são: Havana e Santiago de Cuba. Havana – fundada em 1519 – soma mais de 2,4 milhões de habitantes e Santiago – de 1514 - com aproximadamente 500 mil.


Iremos também conhecer um paraíso ecológico, Cayo Largo Del Sur, local destinado a receber turistas que gostam de mar, passear pela areia e observar os peixinhos coloridos e as tartarugas marinhas.


Programação:


26/01/2012 – Chegada em Havana
31/01/2012 – Santiago de Cuba
05/02/2012 – Cayo Largo Del Sur
12/02/2012 – Retorno ao Rio de Janeiro

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Providências para programar uma viagem a Cuba

1. Entrar em contato com a Bernadete ( 14bisiju@terra.com.br ), nossa agente de viagens para começar o assunto.


2. Comprar o Guia “CUBA” publicado pela Folha.


3. Fuçar na Internet:


• Site oficial de Cuba: www.cuba.cu (com direito a leitura das reflexões de Fidel de Castro – artigos publicados por el comandante)


• Site oficial de turismo: www.cubatravel.cu


• Wikipédia, para uma visão geral sobre a Ilha.


• Blog: Generacion Y, de Yoani Sánchez www.desdecuba.com/generaciony_pt/ daquela blogueira rebelde que ganhou projeção.


• Novos lugares para comer: os “paladares” restaurantes pequenos, nas casas dos cubanos. (O nome paladares é inspirado na novela dos anos 90 – Vale Tudo)


• Informar-se sobre as duas moedas (CUC) que há em Cuba (uma para a economia interna – peso local e outra para a relação com quem visita a Ilha –peso conversível). É melhor portar Euros, porque o Dólar americano sofre uma taxa de 15%. Banco Central: www.bc.gov.cu



• Para quem viaja a partir do Rio de Janeiro as opções de empresa aérea são: COPA Airlines (escala na cidade do Panamá) e TACA (escala na cidade de Lima).

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

PREPARANDO AS MALAS PARA IR A CUBA

Viajar para Cuba é diferente.

A Revolução Cubana, que tomou o poder em primeiro de janeiro de 1959, fez parte do imaginário da nossa geração. Ela simbolizava um mundo novo: uma sociedade sem classes, um mundo justo e sem desigualdades, uma sociedade feliz. Depois aconteceram tantas coisas... os golpes militares, as lutas armadas, suas vítimas, os exílios, os retornos e a volta as eleições gerais, a chegada das esquerdas ao poder... Disto, no me gusta hablar.

Viajar para Cuba é diferente.

Apesar de já se passar mais de vinte anos da queda do muro de Berlin (09/11/1989), ainda persiste o bloqueio econômico promovido pelos Estados Unidos e com este uma certa aura de país proibido.


-Para onde vocês vão agora?
-Para Cuba.
-Cuba!!!
-Huumm...


Embora tenha muita gente que já esteve por lá, é difícil obter informações sobre a Ilha. Qualquer lugar que você diga que vai viajar, logo aparece um montão de sugestões, dicas, roteiros, opiniões: você não pode deixar de ir a tal lugar, fazer tal programa, comer tal comida, conhecer tal museu e assim por diante. Com Cuba é diferente: apenas monossílabos.
Será que é uma fria?

Depois, eu conto.

Ainda bem que estamos na era da Internet e hoje podemos nos informar sobre Cuba, sua geografia, história e tudo mais.


Então, vamos preparar a nossa viagem.
Até mais.