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quinta-feira, 8 de abril de 2010

SAYONARA TÓQUIO

Quando você sai de um país com vontade de voltar é porque gostou muito. É como nos sentimos ao dizer adeus à terra do Sol nascente. O Japão é demais! Passear o tempo todo pelas ruas e avenidas, parques e caminhos, vendo as cerejeiras floridas, por si só já encanta.
Viemos para vê-las e demos a sorte de estar em Kyoto e Tóquio no apogeu da floração e nos primeiros dias ensolarados da primavera deste ano. Nestes dias os japoneses estendem lonas embaixo das árvores e passam horas comendo, bebendo, jogando cartas e principalmente curtindo o momento privilegiado de estar recebendo a energia das flores das cerejeiras. É para dar sorte e trazer felicidades. É a festa da Sakura. Parecia que toda a população de Tóquio tinha ido ao parque Ueno, como se fosse à passagem do ano em Copacabana, ambiente de muita alegria e festa. Gente à beça!
Mas o país é incrível principalmente pelos diversos modos de comportar-se de sua população. Listamos alguns:
A elegância no vestir e no tratar as pessoas. Todos muito gentis e prestativos.
Ontem à noite fomos jantar e havia um cardápio que era só para mulheres e o garçom ria para explicar que os homens tinham que pedir o outro menu que era para homens.
Diversas pessoas usam máscaras higiênicas brancas. Vimos algumas em crianças com temas infantis. A higiene pública no Japão é um dos seus pontos altos, tudo muito limpo e mesmo em ambientes de multidão eles conseguem manter um padrão elevado de limpeza.
Há banheiros de uso público espalhados por todos os lugares, em vários com toaletes para japoneses (aqueles de cócoras) e para ocidentais, (assento aquecido e bidê articulado em uma única peça). Sempre muito limpos.
A cidade de Tóquio, uma das principais cidades do mundo, ostenta uma arquitetura avançada que utiliza muitas cores e vidros. À noite dá-lhe neon, telas gigantes e luminosos piscando. A Nova Iorque do Oriente pelo jeito é aqui. Não só NY, também a Champs Elisée é aqui, com todas as grifes francesas, italianas e de todo o mundo. O Japão gente é chocante de bom!
Nem tudo é perfeito, haja cheiro de cigarro por todo o lado...

domingo, 4 de abril de 2010

DIZEM QUE TÓQUIO É CARA

Não tem pra ninguém, moeda forte mesmo é o real: o Real.
Este complexo de inferioridade do brasileiro deve de ser deixado para trás. Hoje, o real vale mais que os yenes, dólares, libras, o que mais vier pela frente, morô?!


Galera, a hora de viajar pra qualquer canto do mundo é agora, inda mais em ano eleitoral e com o Meirelles no comando da moeda, não tem pra ninguém.


Por aqui a gente pega a moeda deles, tira dois zeros e dá o valor em dólar americano, multiplica por dois e dá em real. Compara os preços e fala: em Porto Alegre esta despesa seria maior. Tá barato em Tóquio. Faz os cálculos pro Rio e tem a mesma sensação, São Paulo, é covardia.


E taxi, só rindo. Os taxistas aqui vestem terno e gravata, alguns com quepe e outros até de luvas brancas; carros brilhando de limpos, com bancos recobertos de tecidos brancos e rendados. E o pior, sempre tem troco e fazem questão de devolver os centavos e com nota fiscal. Ao final te agradecem a oportunidade de servi-lo. Se você repetir o trajeto, que surpresa o preço é o mesmo!

Ou seja, Só podem estar de sacanagem!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

PODE USAR MEIAS BRANCAS NO JAPÃO


A cidade de Kyoto é de um charme só. Nesta época de início da primavera ela às vezes se mostra ensolarada, às vezes chuvosa, com temperaturas agradáveis ou frio de rachar. Até neve tivemos o prazer de ver caindo lá fora. As cerejeiras em flor anunciam a todos que o tempo bom está chegando. É tempo de celebração, chamar os amigos ou a pessoa amada para tomar saquê embaixo dos seus ramos coloridos em cor de rosa e branco, de preferência sob a Lua cheia.

As mulheres aqui gostam de usar quimonos e a cidade cultiva várias tradições. As gueixas, com suas faces cuidadosamente pintadas, seus quimonos graciosos e coloridos, calçando seus tamancos e meias brancas podem ser vistas em espetáculos de dança, pelas ruas e em casas onde se pode participar das famosas cerimônias do chá.


Kyoto é território de templos. Por ser uma das cidades mais antigas do Japão, os seus moradores e visitantes podem freqüentar uma quantidade variada de templos budistas e xintoístas de diversos tamanhos e artes.

Em muitos dos templos, para entrar é preciso tirar os sapatos e estar atento para que as meias não estejam furadas. Os templos são lugares de respeito, silêncio e oração. Não raro se vê lugares para deixar moedas, ou ainda adquirir frases que ensejam fortuna e sorte.

Mas se você estiver de meias brancas vai se surpreender! Depois de caminhar pelo templo suas meias continuarão tão brancas quanto estavam ao entrar.

Mas não pensem que por aqui não estão todas as grandes grifes internacionais e modernos shoppings que garantem a elegância diária de japonesas e japoneses.

domingo, 28 de março de 2010

VISITA À HIROSHIMA


De Osaka a Hiroshima é aproximadamente uma hora e meia de trem-bala: o Shinkansen. Este tipo de transporte já está totalmente incorporado ao dia a dia do Japão, para inúmeros destinos e com vários horários. Sistema rápido e eficiente, fácil de usar até por estrangeiros. Por falar em eficiente, até agora é uma das coisas que mais nos impressiona nesta viagem, como tudo funciona impecavelmente. Outro dia, dentro de um mercadão em um shopping não resistimos à tentação e compramos uma bandeja de morangos maravilhosos e decidimos comê-los lá mesmo. Os japas nos olhavam admirados como se estivessem vendo alienígenas de outro planeta. Como não havia cesto para lixo, deixamos para quando víssemos um. Não é que andamos quase dois quilômetros por ruas limpíssimas sem nenhuma lixeira a vista. Daí todo mundo saber por que é inviável um sindicato de lixeiros em Osaka: se fizerem greve ninguém vai notar.

Voltando ao assunto principal. Fomos visitar Hiroshima.

Um momento que emociona. A visita aos monumentos erguidos para defesa da paz.


O impressionante contato com as imagens fotográficas do antes e depois do ataque a cidade. As fotos das vítimas, os relatos dos sobreviventes, os objetos de crianças chamuscados pelo fogo. E depois a contradição entre manter a memória do sofrimento em defesa de um mundo civilizado e apagar para sempre os vestígios da insensatez dos líderes e chefes militares dos estados em guerra, que chegaram ao ápice no séc.XX e que parece nunca terminar.

A Hiroshima reconstruída, moderna e colorida é melhor resposta que poderia ser dada por seu povo e é a que se encontra lá recebendo gente de todo o Japão e do exterior, é uma atitude que faz com que saiamos de Hiroshima com emoção e esperança.